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Polícia

Crime na Rua da Lama: "Queremos pena máxima para ele", diz família da vítima

Acusado matar Breno Rezende de Carvalho, de 25 anos, com uma facada no peito, Vilson Luiz Ballan se entregou à polícia


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Equipe de reportagem da TV Tribuna/Band registrou, com exclusividade, o momento em que Vilson, acusado de matar Breno (destaque), deixou o IML de Vitória para ser levado ao presídio de Viana |  Foto: Reprodução/TV Tribuna/Band e Arquivo de Família

Após saber da prisão do empresário Vilson Luiz Ballan, de 39 anos, acusado de matar com uma facada Breno Rezende de Carvalho, de 25, uma tia da vítima conversou com a reportagem do jornal A Tribuna.

Ainda tremendo diante da notícia, a funcionária pública Flávia Zanett de Carvalho, de 49 anos, disse que espera que o assassino pegue pena máxima.

"Nós vamos acompanhar tudo de perto para que a justiça seja feita. O que queremos é que esse covarde pegue a pena máxima".

Irmã de Breno, Lara Rezende também falou sobre a prisão do empresário. "A prisão significa que a justiça foi feita. Não tirou a dor que a gente está sentindo, mas tranquilizou que essa pessoa vai estar presa, vai estar trancada dentro daquele lugar e vai apodrecer na cadeia", afirmou.

Ela destacou ainda que tudo o que pedia era justiça. "Graças a Deus agora esse homem vai pagar por tudo o que ele fez", disse a irmã.

Vilson Luiz Ballan era caçado pela polícia desde a madrugada do último sábado (15), quando golpeou Breno com uma facada no peito durante uma discussão. O jovem morreu em frente a uma distribuidora de bebidas, na Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória.

O empresário, dono do bar Sofá da Hebe, em Jardim da Penha, se apresentou, na tarde desta terça-feira (18), na Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória e, segundo policiais, se manteve em silêncio.

Contra ele, havia um mandado de prisão temporária, decretada pela Justiça. Nesta quarta-feira (19), Vilson passará por uma audiência de custódia, e a expectativa de policiais e familiares da vítima é de que a prisão seja convertida em preventiva.

A equipe da TV Tribuna/Band estava na DHPP quando o acusado, escoltado por policiais, deixou o local em um carro descaracterizado, sem ser visto pela reportagem.

Segundos depois, a reportagem recebeu a informação de que ele estava sendo levado para o Instituto Médico Legal (IML).

A repórter Vanuza Santana e o cinegrafista Alex Aguiar foram até o local e o flagraram saindo do IML para entrar na viatura e ser levado para o Centro de Triagem de Viana. Vanuza ainda tentou falar com o acusado, mas ele ficou em silêncio e de cabeça baixa.

Irmão de acusado é liberado

Policiais revelaram que um irmão de Vilson, acusado de retirar o empresário do local do crime, foi ouvido e liberado.

Sua liberação, segundo a polícia, teria ocorrido porque o artigo 348 do Código Penal prevê que, no caso de favorecimento pessoal, fica isento da pena quem é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso.

À imprensa, o irmão do acusado esclareceu — por meio do seu advogado — que não presenciou a agressão à vítima e só ficou sabendo da morte após deixar o local.

Ele afirmou que agiu unicamente com o objetivo de evitar um tumulto maior, retirando um dos envolvidos do local, já que acreditava se tratar apenas de uma confusão e não de fatos tão graves.

Crime motivado por R$ 16

Breno estava no bar Sofá da Hebe com amigos e, segundo testemunhas, teria sido acusado pelo empresário de consumir e não pagar por uma cerveja, no valor de R$ 16, dando início a uma discussão.

Afirmando que tinha pago pela bebida, ele e os amigos foram para outro local, mas o empresário foi atrás da vítima, em uma distribuidora de bebidas, e a esfaqueou.

Imagem ilustrativa da imagem Crime na Rua da Lama: "Queremos pena máxima para ele", diz família da vítima
Câmeras flagraram o momento em que Breno é esfaqueado, em frente a uma distribuidora de bebidas |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

Nesta quarta-feira, às 10h30, a polícia fará uma entrevista coletiva, na Chefatura de Polícia Civil, onde vai passar mais detalhes sobre a investigação e prisão do empresário, inclusive explicando as penas que ele poderá pegar, se condenado pela Justiça.

“Era um anjo na minha vida”, diz amiga

Afirmando que “a ficha ainda não caiu”, uma assistente administrativo, de 28 anos, revelou à reportagem como começou e terminou a discussão que resultou na morte do seu melhor amigo, o jovem Breno Rezende de Carvalho, na madrugada de sábado, em Jardim da Penha, Vitória.

A Tribuna:  Vocês eram amigos há quanto tempo?

Amiga:  Nos conhecemos depois da pandemia, em uma festa. Desde então, a gente se conectou. Nos falávamos todos os dias, pelo telefone, pessoalmente. Ele sempre mandava mensagens carinhosas. Era um anjo na minha vida.

Quem era o Breno?

Breno era uma pessoa muito forte, sempre disposto a ajudar qualquer um. Ele via simplicidade nas coisas e tudo estava bem para ele, mesmo se não estivesse bem.

A gente tinha saído na sexta-feira para comemorar o segundo contrato que ele estava fechando na sua empresa de TI (tecnologia da informação). Ele estava muito feliz.

Já tinham ido ao bar Sofá da Hebe?

Nunca. A gente sempre frequentava o estabelecimento do lado, mas na sexta-feira fomos lá porque o outro bar estava cheio.

A gente chegou por volta de 21 horas. Inicialmente eu havia marcado com ele, mas lá encontramos um grupo de amigos. A gente juntou todo mundo, cerca de oito a nove pessoas, fora quem chegava e saía. Ele fazia amigos fácil e não discutia com ninguém. Ele, inclusive, sempre me acalmava quando eu estava meio alterada.

Ficaram quanto tempo no bar Sofá da Hebe?

A gente ficou lá até por volta das 3 horas de sábado.

Como começou a discussão?

O Breno pediu uma cerveja e pagou adiantado. A cerveja veio depois e o garçom disse que ele precisava pagar, mas ele e os amigos provaram que a cerveja estava paga. O garçom até disse: 'beleza, tá pago'.

Só que o dono do bar chegou e disse que daria cinco minutos para resolver a situação, para ele pagar a cerveja. O garçom chegou a falar com o dono do bar, mas ele não quis saber, xingou e disse que não interessava mais. Fomos embora dali.

Depois de quanto tempo aconteceu o crime?

Ele (o acusado) sumiu e depois de cerca de duas horas voltou para matar o meu amigo, como mostraram as câmeras. Ele estava com uma faca.

Eles discutiram?

Não sei, porque na hora eu estava prestando atenção em outra coisa e não ouvi nada. Foi tudo muito rápido. Quando virei, vi o sangue e avisei ao Breno que ele estava ensanguentado. Ele não tinha percebido. Fiquei desesperada.

Breno falou algo, pediu socorro?

Ele não falou nada. O deitei no chão e com a minha mão tentei estancar o sangue, só que ele estava perdendo muito sangue. Vi que a sua boca ficou branca muito rapidamente. Chamaram o Samu, mas o meu amigo, meu irmão do coração, morreu no local, segundos após levar a facada.

Aquelas cenas não saem da minha cabeça. Choro o dia inteiro. Esse monstro interrompeu a vida do meu amigo, os sonhos que ele tinha, como comprar uma casa, casar e ter um filho. Não dá para acreditar.

E agora, com a prisão do acusado do crime, qual o sentimento?

Estou um pouco aliviada, mas queremos justiça. Ele tem que sofrer muito, pagar pela crueldade que cometeu. Ele é um psicopata e precisa apodrecer na cadeia. O bar também deve ser fechado definitivamente e o cúmplice que deu fuga ao assassino também deve ser preso.

Leia também: "Ele foi na intenção de matar", diz melhor amiga de jovem morto na Rua da Lama

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