Agiota e cúmplice que ameaçavam devedores de morte são presos na Serra e Fundão
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Uma dupla acusada de agiotagem e extorsão foi presa ontem, na Serra e em Fundão, após investigação da Polícia Civil. Juntos, os dois tinham mais de R$ 500 mil para receber em notas promissórias e cheques de mais de 1.200 pessoas espalhadas por toda a Grande Vitória.
Para pagarem a dívida, as vítimas eram ameaçadas de morte e até sequestradas.
O esquema envolvia o dono do dinheiro, um comerciante de 32 anos, e o sócio, de 34, que fazia o trabalho de “cobrador”.
As investigações começaram em novembro, quando uma das vítimas procurou a delegacia para contar o que estava sofrendo.
“Eles a sequestraram, a ameaçaram com uma arma e a obrigaram a assinar uma nota promissória de R$ 60 mil. Além disso, roubaram o celular dela e documentos”, explicou o delegado Josafá Silva, titular do 10º e 13º Distrito de Polícia da Serra.
O agiota foi preso em Fundão. Na casa dele, foram apreendidos mais de 100 cheques, notas promissórias, HD e um pendrive.
No dispositivo, a polícia encontrou arquivos com o controle da movimentação financeira desde 2018. “São mais de 15 planilhas com os nomes dos devedores, celular, valor da dívida e juros cobrados. Cerca de 1.200 pessoas tomavam empréstimo a juros exorbitantes, de 10 a 15% ao mês.”
O cobrador foi preso na casa dele, em Cidade Continental, na Serra. “Também encontramos cheques e notas. Mas, além disso, achamos o celular da vítima de novembro, um revólver de calibre 32 e munições”, disse.
O suspeito será autuado por posse de arma e munição. Já o agiota vai responder por agiotagem e extorsão. Na tarde de ontem, eles ainda prestavam depoimentos na delegacia.
Para evitar cair nesse golpe, o delegado deu a dica: “A gente orienta que as pessoas busquem financeiras e bancos, para não ficarem nas mãos desses agiotas. Com esses criminosos, a pessoa paga mais juros e ainda pode sofrer ameaças”.
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