Adolescente escapa de chacina, é sequestrado e colocado em porta-malas de carro

| 29/09/2020, 10:03 10:03 h | Atualizado em 29/09/2020, 12:59

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-09/372x236/samu-e-corpo-de-bombeiros-foram-chamados-para-ajudar-no-resgate-dee5d31d8610b9a7cdfb5456633347c3/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-09%2Fsamu-e-corpo-de-bombeiros-foram-chamados-para-ajudar-no-resgate-dee5d31d8610b9a7cdfb5456633347c3.jpeg%3Fxid%3D143500&xid=143500 600w, Samu e Corpo de Bombeiros foram chamados para ajudar no resgate
Depois de escapar da morte durante uma chacina
, um jovem, de 17 anos, foi sequestrado, agredido, e conseguiu se salvar de uma execução mais uma vez, na noite desta segunda-feira (28). Ele tinha fugido de uma ilha na região de Santo Antônio, na Baía de Vitória, onde quatro pessoas foram assassinadas e uma ficou baleada.

"Seis estavam estavam sentados na ilha e dois em extremidades que não foram visualizados por esses que chegam para o ataque. Um desses dois conseguiu ir embora e o outro (o de 17 anos), quando chegou na margem, foi capturado por amigos daqueles que morreram, achando que ele tinha dado a fita para os atiradores, que ele tinha participação no evento", explicou o secretário de Segurança Alexandre Ramalho.

Quatro suspeitos, moradores de Santo Antônio, capturaram o adolescente, acreditando que ele seria o "X9" que passou informações para os traficantes do Morro do Quiabo, em Porto de Santana, Cariacica. Por isso, depois de agredirem a vítima, colocaram ele no porta-malas de um Chevrolet Prisma preto e seguiram em direção à região dos atiradores.

"Eles iam executar o jovem lá. É aquela história: para desmoralizar o tráfico do local dizendo 'como vocês mataram lá, vamos matar aqui'. Por sorte, ele conseguiu colocar a mão para fora do porta-malas e a Força Nacional identificou. Senão, seria mais uma morte na data de ontem (terça)", declarou o secretário.

Foi através de uma denúncia que agentes da Força Nacional localizaram o veículo e libertaram o adolescente. No carro, estava um revólver de calibre .32, escondido embaixo do banco do motorista, e uma faca.

Em depoimento, a vítima contou que estava na ilha, fumando maconha, quando ouviu os disparos. Como estava longe, o adolescente não conseguiu ver o que tinha acontecido, mas ligou para um amigo que contou das mortes. Depois disso, ele pegou um barco a remo e foi até a margem. Como estava sem nenhum ferimento, ele acabou sendo motivo de desconfiança.

Os quatro que sequestraram o adolescente foram autuados por sequestro, associação criminosa e lesão corporal. A vítima está sendo ouvida no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e, inicialmente, negou que tenha passado qualquer informação para os atiradores.

Leia também:
"Beira à psicopatia", diz secretário de Segurança sobre vídeo de vítimas de chacina

Saiba quem são as vítimas da chacina na Ilha do Américo

SUGERIMOS PARA VOCÊ: