Acusado de matar enteada de 5 anos na Serra deve ir a júri popular

| 30/10/2020, 17:33 17:33 h | Atualizado em 30/10/2020, 17:41

O acusado de espancar e matar a enteada, a menina Ághata Vitória Godinho, de 5 anos, foi denunciado por homicídio pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e deve ir a júri popular.

O crime aconteceu no dia 19 deste mês. A menina foi encontrada com sinais de espancamento dentro de casa, no bairro Cidade Nova da Serra, na Serra.

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A mãe relatou que havía saído por volta das 14 horas para uma aula na autoescola e deixou a menina aos cuidados do padrasto, Elisnai Borges Eloy.

Quando voltava, ela recebeu uma ligação da irmã, que mora no mesmo quintal e informou que a menina estava desacordada. Ághata chegou a ser socorrida, mas não resistiu. A menina apresentava hematomas na cabeça, na barriga e nas mãos.

O padrasto foi preso no mesmo dia e alegou que a menina passou mal depois de almoçar. Segundo ele, Ághata vomitou e, depois, pediu para deitar para descansar. Mais tarde, ele alega que viu a enteada desacordada e chamou a tia dela.

Mesmo com a justificativa, Elisnai foi preso em flagrante e autuado por homicídio. Ele continua detido no Centro de Triagem de Viana (CTV).

Por meio da Promotoria de Justiça Criminal da Serra, o Ministério Público solicitou à Justiça que Elisnai seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri e condenado por homicídio, com diversas qualificadoras, como pelo fato da vítima ser uma criança. A denúncia feita pelo MPES foi divulgada nesta sexta-feira (30).

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Segundo o Ministério Público, "consta nos autos que, após a agressão, que causou hemorragia interna e trauma em vários órgãos, Elisnai colocou o corpo da vítima sobre a cama com intuito de simular morte natural e, demonstrando calma, solicitou ajuda da cunhada, que reside em local próximo".

Para o MPES, o crime foi cometido por motivo torpe, praticado por meio cruel, com espancamento que gerou intenso e desnecessário sofrimento à vítima e de forma que ela não pôde se defender.

"Dessa forma, além de pedir que o acusado seja julgado e condenado pelo Tribunal do Júri, o Ministério Público requer a manutenção da prisão preventiva dele, por não haver, por ora, alteração que justifique a soltura", finalizou o texto encaminhado pelo MPES.

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