Raquel Lyra critica oposição sistemática do PSDB a Lula e aborda convite do PSD
Governadora de Pernambuco defende maior união política no Brasil e compartilha seus projetos para Pernambuco nos próximos anos
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A governadora Raquel Lyra (PSDB) disse, em entrevista exclusiva ao diretor de Jornalismo da TV Tribuna, Fernando Rêgo Barros, que discorda da oposição sistemática que o PSDB tem adotado em relação ao governo federal, comandado pelo presidente Lula. Para ela, a política nacional precisa de mais união e menos radicalismo, em um momento em que o Brasil precisa recuperar seu crescimento econômico.
A governadora, que assumiu o cargo de chefe do Executivo estadual em 2023, também comentou sobre os conflitos internos no PSDB e os convites recebidos para migrar para o PSD, partido do ex-ministro Gilberto Kassab.
Raquel explicou que, embora tenha orgulho de sua trajetória no PSDB, o partido precisa repensar sua postura política.
"Não concordo com a oposição sistemática que o partido tem adotado ao governo do presidente Lula. O país precisa de unidade, e nós, como PSDB, deveríamos buscar um caminho de independência, dialogando para o crescimento do Brasil", afirmou a governadora, que defendeu a necessidade de um posicionamento mais conciliatório e construtivo diante da polarização política.
Mudança de partido
Raquel também se manifestou sobre os rumores que indicam uma possível mudança de partido, com especulações sobre sua adesão ao PSD.
"Recebi convites de vários partidos, incluindo o PSD, mas qualquer decisão sobre minha filiação será tomada com base no que for melhor para Pernambuco", destacou. Ela enfatizou que sua prioridade continua sendo o trabalho de governar Pernambuco, com foco na recuperação econômica e social do estado.
"Estamos com foco total em governar Pernambuco. A nossa missão é devolver a autoestima ao povo pernambucano e buscar investimentos para melhorar a qualidade de vida da população", acrescentou Raquel.
Sobre a relação com o governo Lula, Raquel aproveitou para criticar o ex-governador Paulo Câmara, atual presidente do Banco do Nordeste.
Governadora diz que buscou apoio do governo Lula e recebeu
“Eu me comprometi com o povo de Pernambuco que, independentemente de quem fosse o presidente da República eleito, eu estaria lá, no primeiro momento do nosso governo, para poder construir uma relação. Nosso Estado foi ficando para trás porque brigou com muita gente. O governo anterior brigou com três presidentes distintos (Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro). E a gente foi buscar apoio para o governo de Pernambuco e encontramos esse apoio no presidente Lula e nos ministros da República”.
Entre os nomes de ministros citados por Raquel Lyra, estão Rui Costa, Renan Filho, Jader Barbalho, a ministra Nízia, que têm olhado para Pernambuco e também sei que têm olhado para outros Estados, mas de uma maneira muito peculiar. A gente vai construir quatro maternidades e entregar, muito em breve, a maternidade de Caruaru, o Hospital da Mulher, duas delas com recurso do governo federal.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, também compartilhou seus planos para o futuro próximo, destacando as prioridades e os desafios para o estado nos próximos anos.
"A gente tem clareza onde quer chegar", frisa governadora
Ao ser indagada sobre quais os seus planos para 2025, ela afirmou: "Trabalhar muito. Eu tenho uma equipe que é um time, hoje, que conseguiu se formar ao longo dessa caminhada de dois anos."
A governadora ressaltou a clareza dos objetivos de seu governo, mencionando áreas prioritárias como saúde, educação, infraestrutura e geração de emprego. "E a gente tem uma clareza muito grande de onde a gente precisa chegar. Na área de saúde, na área da educação, na infraestrutura, de rodovias, de água, geração de emprego", afirmou.
Raquel Lyra reconheceu as melhorias no estado, especialmente na redução do desemprego. No entanto, ela deixou claro que os desafios são longos, e que sua meta é promover o crescimento sem deixar ninguém para trás.
"Reduzimos, de maneira importante, o desemprego em Pernambuco. E onde é que a gente quer chegar? Eu quero construir um hospital, entregar crédito, construir estrada. Mas a gente quer chegar em um Pernambuco mais justo", disse.
Estamos com o pé no acelerador, avisa gestora
A governadora destacou o foco no desenvolvimento regional e na geração de oportunidades para todos, independente da região em que vivem. "Um Pernambuco em que as pessoas possam ser mais felizes. Em cada lugar onde elas vivem. E por isso a nossa preocupação de desenvolvimento regional, de gerar oportunidade para as pessoas de melhor qualidade de vida onde elas vivem."
Raquel também abordou a necessidade de qualificação profissional, principalmente para que os pernambucanos possam aproveitar as novas oportunidades de trabalho. "Agora, é fazer Pernambuco crescer sem deixar ninguém para trás. Permitindo qualificação profissional, para que as novas oportunidades de trabalho sejam aproveitadas pelo povo de Pernambuco."
A governadora destacou a importância da educação desde os primeiros anos de vida, enfatizando que a política pública deve estar alinhada com as necessidades das crianças e suas famílias. Segundo ela, embora a responsabilidade constitucional do estado seja investir no ensino médio, sua gestão saiu do “quadrado”.
"A gente precisa saber que o menino não nasce com 15 anos de idade quando chega no ensino médio. Ele nasce com a maternidade, precisa ir para creche, essa mãe precisa trabalhar e a gente precisa fazer esse aluno, esse jovem, poder ter a oportunidade de seguir o seu destino, de ir a porto com os seus sonhos."
Entre outros pontos, a governadora deixou claro que o governo de Pernambuco continuará avançando, com um compromisso firme com as demandas da população.
"As pessoas dizem que eu falo na velocidade 2x do WhatsApp, pedem que eu fale um pouco mais devagar, mas é que a gente está com o pé no acelerador. E esse pé acelerador não vai parar. A gente tem muita coisa para entregar, tem muita coisa rodando em licitações e a gente sabe que Pernambuco tem pressa”.
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