Netanyahu chama seus soldados de “leões”, Gaza contabiliza mortos
Guerra entre Israel e Hamas chega ao 14º dia nesta sexta-feira sem ajuda humanitária
Escute essa reportagem

No 14º dia da guerra, que se completa nesta sexta-feira, a maior expectativa entre os palestinos da Faixa de Gaza é a entrada de caminhões com ajuda humanitária.
Os veículos começaram a chegar há pelo menos três dias na passagem de Rafah, localizada entre o Egito e o epicentro da guerra, mas só devem ser autorizados a entrar hoje.
Pelo menos essa é a esperança dos que aguardam por água, comida e combustível. Inclusive os brasileiros, que ainda não foram repatriados. Em alguns países, já começa a haver protestos contra Israel por conta do bloqueio de itens básicos para manutenção da vida em Gaza.
Nesta última quinta-feira à tarde (19), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aparece em vídeo nas suas redes sociais ao lado dos soldados, com mensagens motivadoras. Netanyahu elogia os militares por estarem lutando "em terra" como “leões”.
“Vamos vencer com todas as nossas forças. Você está pronto?”, indaga, ao que eles respondem: “sim!” “Todo o povo de Israel está de pé. Estamos atrás de você e daremos um duro golpe em nossos inimigos para alcançar a vitória”, diz o primeiro-ministro.
Ao longo de duas semanas, em alguns vídeos da Força de Defesa de Israel Online, soldados festejam vitórias, aparecem em fotos sorrindo e até se casam.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 3.785 palestinos morreram em decorrência de ataques israelenses desde o início do conflito. Do total, 1.524 são crianças, mil mulheres e 120 idosos. Ressalta que ainda há 12.493 pessoas feridas, sendo 3.983 crianças e 3.300 mulheres.
Este é o maior confronto entre Israel e o Hamas dos últimos 50 anos. A primeira bala, desta vez, foi disparada pelo Hamas em 7 de outubro.
A guerra reforça o ódio existente entre as duas nações e está comovendo o mundo, dividindo opiniões. Um grupo de judeus norte-americanos chegou a protestar no Congresso dos Estados Unidos e pedir pelo cessar fogo.
A população que está na Faixa de Gaza equivale a quase 30 estádios do Maracanã lotados. Há pelo menos 100 caminhões de ajuda humanitária na espera, número que aumentou da quarta-feira para a quinta-feira.
Somente no Norte de Gaza, onde as pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, havia cerca de 1,1 milhão de pessoas. É quase a população do Recife, segundo informações do IBGE.
Comentários