João Campos destaca nova gestão sem espaço para brigas e projeta avanços no Recife
Segundo o prefeito, as decisões de governo serão guiadas por resultados e entregas
Escute essa reportagem
João Campos, reeleito prefeito do Recife com quase 80% dos votos — o maior desempenho eleitoral da história da cidade —, conversou com a repórter Nadya Alencar em uma entrevista exibida no Jornal da Tribuna 2ª Edição, comandado por Eliane Nóbrega. Campos destacou que seu novo governo priorizará a harmonia e a eficiência, sem abrir espaço para brigas internas.
“Aqui não é um ambiente de disputa, é um ambiente de juntar forças”, afirmou ao ser questionado sobre a participação de partidos como PT e MDB no secretariado.
Harmonia política e técnica
O prefeito explicou que está formando uma equipe equilibrada, com indicações técnicas e sensibilidade social, mas ressaltou que as decisões no governo serão guiadas por resultados. “Política tem que trabalhar para o povo. Aqui, todos vão trabalhar e entregar”, disse.
Sobre o PT, partido aliado de longa data, Campos afirmou que as negociações estão em curso e que as contribuições serão valorizadas. “Estamos dialogando para que os nomes indicados tenham capacidade técnica e possam agregar. Aqui, política não é lugar para briga”, reforçou, destacando a necessidade de cooperação para alcançar resultados efetivos.
Em relação ao MDB, partido que traz nomes como o senador Fernando Dueire e o deputado Jarbas Filho, o prefeito destacou a chegada de Raul Henry como Secretário de Relações Institucionais. Campos pontuou que a escolha de Henry é fruto de confiança pessoal e da capacidade de agregar forças políticas e técnicas. “Aqui não é um ambiente de briga, mas de força coletiva”, disse, enfatizando o papel do MDB como parceiro estratégico na nova gestão.
Vice-prefeito em nova função
João Campos também detalhou a nova dinâmica da vice-prefeitura. Victor Marques, engenheiro e novo vice-prefeito, acumulará a Secretaria de Infraestrutura. “Victor tem a formação e a energia para cuidar das grandes obras e da zeladoria da cidade”, afirmou Campos, enfatizando a importância dessa pasta para os avanços estruturais do Recife.
Além de sua formação técnica e juventude, Victor Marques assume uma posição estratégica que pode lhe dar visibilidade. A Secretaria de Infraestrutura é uma das mais sensíveis e relevantes para a cidade.
"Como engenheiro de formação, ele vai acumular essa área de infraestrutura e tem capacidade de fazer uma grande gestão, de entregar as grandes obras, cuidar da manutenção da cidade, da zeladoria e cuidar do dia-a-dia da cidade, de se fazer presente na cidade", disse o prefeito, ciente de que essa escolha sinaliza não apenas confiança, mas também a possibilidade de preparação de Marques como um nome de peso na política recifense.
Diálogo com a oposição
Apesar de estar em campos políticos opostos, Campos garantiu que está aberto ao diálogo com a governadora Raquel Lyra. “Estamos em posições diferentes, mas isso não impede o diálogo. O que importa é trabalhar pelo Recife”, destacou.
Foco na educação e no legado
O prefeito ressaltou que seu maior legado será na educação. Durante o primeiro mandato, duplicou as vagas em creches, ampliou a educação integral e implementou o primeiro programa municipal de ensino superior tecnológico. “Tiramos a educação do discurso e colocamos na prática”, afirmou, projetando avanços ainda maiores.
Segurança e obras prioritárias
Campos reafirmou o compromisso de armar gradualmente a Guarda Municipal, com videomonitoramento, e destacou obras como a duplicação da Ladeira da Cohab e a construção da ponte Cordeiro-Casaforte. Para ele, o ritmo acelerado do início da gestão será essencial. “Não podemos perder tempo. Nos primeiros 100 dias, teremos uma grande agenda de entregas”, garantiu.
Desafios e continuidade
Questionado sobre o que ainda falta ser feito, o prefeito apontou a necessidade de expandir obras de mobilidade e proteção de encostas, alcançando comunidades ainda não beneficiadas. “O grande desafio é chegar onde ainda não chegamos”, reconheceu.
Mesmo com especulações sobre uma candidatura ao governo do Estado em 2026, Campos reforçou seu compromisso atual. “2024 foi o ano da eleição; 2025 será o ano do trabalho”, concluiu.
Comentários