Audiência Pública na Assembleia debate violência em Pernambuco nesta quinta-feira
Duas comissões vão abordar o aumento de mortes no Estado
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O aumento da violência letal em Pernambuco será tema de audiência pública nesta quinta-feira (16), na Assembleia Legislativa, a partir das 14h. O tema será debatido pelas comissões de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular e de Segurança Pública e Desenvolvimento Social.
Os deputados questionam a ausência de um plano de segurança no Estado. Atividades policiais, por exemplo, provocaram 94 mortes.
O encontro é promovido pela deputada Dani Portela e pelo deputado João Paulo, a partir de uma solicitação do Fórum Popular de Segurança Pública, e acontece nesta quinta (16), às 14h, no Auditório Senador Sérgio Guerra, na Alepe.
Dados da Secretaria de Defesa Social, registram que, nos primeiros nove meses de 2023, Pernambuco acumulou 94 mortes em decorrência da atividade policial. A maioria das vítimas são pessoas negras e periféricas.
Segundo Dani Portela, outro exemplo mais recente, como a chacina que ocorreu em Camaragibe, em setembro deste ano, revelam fragilidades do setor. Nove pessoas morreram, uma delas grávida, após levar um tiro na cabeça.
Após suspender o Pacto pela Vida, a governadora Raquel Lyra anunciou, no início deste ano, o “Juntos Pela Segurança”, programa que viria a substituir o anterior, responsável por desenvolver o novo planejamento de segurança pública para o estado.
Para a oposição, meses depois do lançamento, ocorrido em 31 de julho, o Poder Executivo ainda não apresentou o plano de ação do programa.
“Já são 11 meses de governo e Pernambuco segue sem um plano efetivo de segurança pública. Esse cenário se converte em insegurança ao sair de casa, e principalmente, no aumento das mortes. Precisamos agir com urgência para que esse cenário mude”, ressaltou a deputada Dani Portela, presidenta da CCDHPP.
De acordo com o deputado João Paulo, "a redução da violência em Pernambuco passa também pela melhoria da estrutura de segurança, a valorização dos profissionais das polícias, formação em direitos humanos e mais integração entre os governos municipais, estadual e federal".
Para João Paulo, ainda é necessário ainda combater a fome e a miséria e investir mais em educação. A Secretaria de Defesa Social foi procurada para se pronunciar sobre e informou que foi convidada a participar da audiência.
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