Operação contra peculato, fraude e lavagem de dinheiro investiga deputado estadual
Deputado Joel da Harpa (PL) confirmou que policiais foram até a residência dele. mas rechaçou qualquer envolvimento com o objeto das investigações
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A Polìcia Civil de Pernambuco desencadeou na manhã desta quinta-feira (27) a operação "Projeto Restrito", vinculada à Diretoria Integrada Especializada e ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado. Segundo a polícia, a investigação foi iniciada em abril de 2022, com o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão domiciliar e o bloqueio judicial de bens, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Cerca de 80 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães participaram da operação. A polícia não deu maiores detalhes sobre a investigação, e nem divulgou o nome dos investigados, mas o deputado estadual Joel da Harpa (PL) confirmou através de suas redes sociais que policiais estiveram na manhã de hoje na residência dele, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Joel da Harpa não estava em casa no momento da abordagem. Ele afirmou que estava em viagem para o cumprimento de agenda no interior do estado.
O QUE DISSE O DEPUTADO
No final da tarde desta quinta-feira (27) o deputado Joel da Harpa publicou em redes sociais um vídeo onde se posiciona em relação a operação policial. Ele confirmou que a polícia esteve em sua residência e diz que conversou com o delegado, responsável pela operação, por telefone. O deputado afirma que a investigação em questão foi iniciada em 2015.
"Como alguém encontraria alguma coisa na minha casa, mesmo que supostamente houvesse alguma coisa de dez anos atrás? Lógico que não encontraria. A tentativa era de encontrar algo novo e nada encontraram", diz o deputado na gravação. Demonstrando indignação, Joel da Harpa fala em preseguição desde que assumiu a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, há uma semana "venho incomodando muita gente", afirma no vídeo. "Continuo acreditando na Justiça de Pernambuco, mas gostaria de fazer uma pergunta: a quem interessou a entrada da polícia na minha casa hoje? O que queriam encontrar?", disse.
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