Esposa condenada por matar e esquartejar médico em Aldeia deixa prisão
Jussara Rodrigues da Silva Paz matou o marido Denirson Paz na casa onde moravam, em 2018. Ela cumprirá pena no regime semiaberto harmonizado
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Após passar sete anos presa na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima, onde cumpria pena pela morte do marido, o médico cardiologista Denirson Paz, de 54 anos, a farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paz foi solta por determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
De acordo com a Justiça, Jussara foi solta porque teve progressão de pena, saindo do regime fechado para o semiaberto harmonizado, já que vai voltar a estudar.
O fato de ela ter sido aprovada em uma faculdade de Carpina para cursar gastronomia ajudou na decisão da Justiça.
Por outro lado, a família de Denirson recebeu a informação da soltura com indignação. "Embora a progressão do regime fechado para o semiaberto seja prevista em lei, isso não apaga o sentimento da família. Ela pode deixar o presídio, mas continua condenada, cumprindo regime domiciliar com tornozeleira eletrônica, frequentando a faculdade e retornando para casa", afirmou o advogado da família de Denirson, Carlos André Dantas.
RELEMBRE O CASO
O crime aconteceu em julho de 2018. O médico cardiologista Denirson Paz foi morto e teve o corpo esquartejado na casa onde morava com a família, em Aldeia, Camaragibe, no Grande Recife.
Os restos mortais do médico foram encontrados em uma cacimba, e Jussara e o filho mais velho do casal, Danilo Paz, foram presos como os principais suspeitos do crime.
Os dois foram levados a júri popular em 2019. Danilo foi absolvido, mas a mãe acabou condenada a 19 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.
A defesa de Jussara alegou que ela era vítima de violência doméstica e teria matado Denirson em legítima defesa.
Já a assistência de acusação alega que a motivação do crime foi o interesse patrimonial. A acusação também fez uma apelação à Procuradoria Geral de Justiça para anular o júri que absolveu Danilo Paz do homicídio do próprio pai.
Segundo o advogado Carlos André Dantas, o parecer da Procuradoria Geral de Justiça já foi favorável à realização de um novo júri, mas ainda se espera um julgamento por parte de desembargadores do TJPE. “A família espera que novamente se faça justiça, e que Danilo Paz seja condenado pelo crime que cometeu”, frisou.
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