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Polícia

Mistério permanece no assassinato de Zezinho do Ouro, comunicador e empresário

Ex-informante da polícia e negociante no ramo de pedras preciosas, ele era réu em 22 processos no Tribunal de Justiça de Pernambuco


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Imagem ilustrativa da imagem Mistério permanece no assassinato de Zezinho do Ouro, comunicador e empresário
Zezinho do Ouro já teve, no passado, a prisão decretada sob a acusação de desviar uma carga roubada de cristais |  Foto: Reprodução do instagram oficial

O assassinato do empresário e comunicador José Gonzaga Moreira, de 80 anos, conhecido na cidade de Correntes, Agreste de Pernambuco, como Zezinho do Ouro, permanece um mistério.

A investigação do crime stá sendo conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo.

Segundo informações dadas ao Tribuna Online pela Secretaria de Segurança Pública do estado paulistano, familiares da vítima e seu advogado já foram ouvidos. “As diligências seguem em andamento visando ao esclarecimento dos fatos”, informou.

Comunicador polêmico e envolvido com pedras preciosas

Além de comunicador polêmico, Zezinho também era conhecido por seus negócios no ramo de pedras preciosas. Ele já foi informante da polícia e teve, no passado, a prisão decretada sob a acusação de desviar uma carga roubada de cristais em 1996.

O idoso foi encontrado morto a tiros no dia 7 de novembro, no térreo do condomínio de luxo onde morava, localizado na Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Santana, Zona Norte da capital paulista.

Réu em 22 processos e língua ferina

Apesar de residir em São Paulo, ele mantinha um canal no Instagram chamado "A Voz de Correntes", onde fazia oposição ferrenha ao prefeito reeleito Edimilson da Bahia (PT). Zezinho do Ouro respondia como réu a 22 processos no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), muitos por injúria e difamação.

Além disso, ele figurava como investigado em cinco processos e como querelado (acusado em queixas-crime) em quatro. Por outro lado, apresentou queixas-crime como querelante em outros quatro processos e era autor de mais três ações judiciais.

Assassino pode ser um conhecido

De acordo com a polícia paulista, o próprio assassino teria marcado um encontro com ele em seu prédio, sob o pretexto de apresentar denúncias de assédio contra uma pessoa influente de Correntes. 

Uma mensagem divulgada pela polícia traz o texto: "estou querendo fazer uma denuncia grave daquele…", com o nome do acusado borrado.

O falso denunciante chegou a subir ao apartamento de Zezinho, passou um tempo lá e, depois, foi deixado na porta do prédio pela própria vítima. No térreo, o assassino desferiu vários tiros contra ele antes de sair, enquanto um comparsa o aguardava em uma moto, que saiu em velocidade do local.

Ataque para todos os lados

Zezinho do Ouro costumava criticar duramente diversas lideranças políticas de Correntes, incluindo a promotoria da cidade, que ele acusava de não investigar denúncias contra a prefeitura. Ele ainda chamava seus adversários de "ratão e ratazanas".

O comunicador até comemorou a decisão que havia tornado o prefeito inelegível em agosto passado. No entanto, Edimilson da Bahia foi reeleito com 5.722 votos, representando 51,06% dos votos válidos, em uma cidade com cerca de 18 mil habitantes.

Com 1.844 seguidores no Instagram e quase 4 mil inscritos em seu canal no YouTube, Zezinho produzia conteúdos polêmicos. Em um vídeo publicado no dia 17 de setembro, ele exibiu falas em que o prefeito negava ter estuprado um jovem chamado Wyllyan.

O rapaz, já maior de idade, afirmou que conheceu o prefeito aos 14 anos e declarou: "a primeira vez em tudo na minha vida foi com Edmilson da Bahia". O prefeito foi procurado, mas não foi localizado pela

O último vídeo

O último vídeo publicado no Instagram de Zezinho, no dia 18 de setembro, apresenta os pais da suposta vítima de abuso em um discurso confuso. Eles atacam outro filho, que teria postado um vídeo contra Wyllyan. "Cabra sem-vergonha", disse o pai, acusando um de seus filhos de ser aliado do prefeito.

Zezinho começou a ser informante da polícia em 1994 e também denunciou esquemas de corrupção praticado por policiais, mas terminou envolvido em supostos crimes, tendo a prisão decretada em 1996.

Na época em que ele fazia denúncias contra PMs, a Corregedoria da Polícia Civil apurou 67 denúncias dele, mas arquivou a maioria por falta de provas. Ele ainda sobreviveu a um atentado na época, mas, posteriormente, tornou-se suspeito de liderar um grupo criminoso especializado em grilagem de terras.

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