Inadimplência recua no Recife e expectativa do comércio para 2025 é otimista
Segundo a Fecomércio-PE aumento na oferta de empregos tem melhorado o cenário econômico
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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, produzida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e com recorte local realizado pela Fecomércio-PE, apontou um cenário positivo para as famílias recifenses no final de 2024. Em dezembro, o percentual de inadimplentes recuou para 26,1%, uma queda em relação aos 26,9% registrados em novembro.
Comparado ao mesmo período de 2023, o índice acumula uma redução significativa de 16,7%, o que representa 27.576 famílias que deixaram a inadimplência ao longo do ano. O número de famílias que acreditam não conseguir quitar suas contas atrasadas também diminuiu, alcançando 12,5%.
EMPREGO
Os dados refletem uma recuperação gradual no mercado de trabalho em 2024, com impactos diretos na estabilidade financeira das famílias. O aumento no número de empregos formais e a estabilização do poder de compra têm contribuído para aliviar o peso das dívidas sobre a renda familiar, que, em média, continua comprometida em 30,3%.
O cartão de crédito permanece como o principal tipo de dívida, utilizado por 93% das famílias entrevistadas. Outros formatos, como carnês (28,6%) e financiamentos habitacionais (6,5%), também seguem relevantes na composição do endividamento.
Segundo Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE, os resultados são animadores: “A queda na inadimplência é um sinal positivo, refletindo um mercado de trabalho mais ajustado e maior estabilidade no orçamento familiar. Embora o nível de endividamento ainda seja elevado, principalmente pelo uso do cartão de crédito, os dados indicam que o consumidor está se reorganizando financeiramente. Para os empresários, isso representa um cenário mais favorável em 2025, com expectativas de um consumo mais equilibrado e oportunidades de crescimento no comércio.”
O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, também destacou a importância do contexto econômico atual: “O recuo na inadimplência, aliado à estabilidade no nível de endividamento em torno de 82%, demonstra o esforço das famílias em ajustar suas finanças. O cartão de crédito continua sendo um recurso essencial no orçamento doméstico. Contudo, a continuidade da recuperação do mercado de trabalho será crucial para manter esse equilíbrio em 2025.”
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