X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Veja o plano de Pernambuco contra arboviroses e epidemias

Planejamento inclui ações de vigilância, organização da rede de saúde e medidas preventivas contra arboviroses


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Veja o plano de Pernambuco contra arboviroses e epidemias
A dengue, presente em Pernambuco desde 1987, já provocou surtos significativos, com destaque para os anos de 1997, 1998, 2002, 2015 e 2016 |  Foto: Divulgação

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) apresentou o Plano de Enfrentamento das Arboviroses 2025/2026, com foco em ações de prevenção, controle e combate às doenças transmitidas por vetores.

A medida foi impulsionada pelo aumento de notificações de dengue em 2024 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, acendendo o alerta nas áreas de vigilância ambiental, epidemiológica e laboratorial do Estado.

Doenças enfrentadas pelo Plano

As arboviroses que exigem maior atenção e enfrentamento em Pernambuco incluem:

Dengue (quatro sorotipos): Aedes aegypti e Aedes albopictus.

    Chikungunya: Aedes aegypti e Aedes albopictus.

    Zika: Aedes aegypti e Aedes albopictus.

    Febre do Oropouche: Culicoides paraensis (conhecido como maruim).

    Febre amarela (com foco na prevenção de sua urbanização): Haemagogus e Sabethes (ciclo silvestre); Aedes aegypti (ciclo urbano).

    Febre do Nilo Ocidental (ainda sem casos registrados no Estado): Culex spp. (principal vetor no Brasil).

A dengue, presente em Pernambuco desde 1987, já provocou surtos significativos, com destaque para os anos de 1997, 1998, 2002, 2015 e 2016. Nesse último período, a circulação simultânea de chikungunya, zika e os quatro sorotipos da dengue agravou o cenário.

Fatores como condições climáticas, saneamento precário e acúmulo de lixo nas ruas contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, aumentando o risco de epidemias.

De acordo com a secretária de saúde, Zilda do Rego Cavalcanti, o plano é um esforço integrado entre o Estado e a sociedade para minimizar os impactos dessas enfermidades.

“Nós estamos numa série de ações de contingência relacionadas à prevenção e à assistência, estruturando a rede de saúde para atender aquelas pessoas que vierem a adoecer. Ao mesmo tempo, vamos trabalhar junto aos municípios e orientar a população para que possamos realizar uma prevenção adequada, especialmente contra o vetor que transmite a doença, que são os mosquitos. Então, que possamos seguir juntos e fortalecidos, evitando que essa doença chegue e acometa algum de nós ou de nossos familiares.", declarou a secretária.

Plano dinâmico

Segundo Eduardo Bezerra, diretor-geral de Vigilância Ambiental, o plano é essencial para estruturar as ações de resposta.

“O documento organiza a rede e as equipes para a sazonalidade dessas doenças. Ele traz uma análise crítica do cenário epidemiológico, detalha as fases de resposta e orienta setores na execução das ações. Além disso, serve de modelo para regionais de saúde e municípios desenvolverem seus próprios planejamentos. O plano é dinâmico, podendo ser atualizado conforme novas orientações ou fatos”, explicou.

Eixos estratégicos e fases de resposta

O plano é estruturado em eixos estratégicos que contemplam as vigilâncias epidemiológica, entomológica e laboratorial, além de linhas de cuidado (atenção primária, secundária e terciária), educação em saúde e comunicação. As ações serão organizadas em três níveis de resposta:

Nível 1 – Resposta inicial: Ativado ao identificar aumento na incidência de casos prováveis por quatro semanas consecutivas, com positividade laboratorial entre 20% e 40% ou detecção de novos sorotipos.

Nível 2 – Alerta: Acionado quando a incidência ultrapassar o limite máximo do diagrama de controle por quatro semanas, houver necessidade de abertura de leitos ou epidemias simultâneas de dois ou mais agravos, com positividade superior a 40%.

Nível 3 – Emergência: Entrará em vigor diante do agravamento do cenário, como aumento persistente de notificações, mortalidade ≥ 0,06/100 mil habitantes ou letalidade ≥ 1,0/100 mil casos.

Novos desafios: febre do Oropouche e outras arboviroses

Em 2024, Pernambuco registrou casos inéditos da febre do Oropouche, arbovirose endêmica na Região Amazônica. O mosquito Culicoides paraensis (maruim) é o principal vetor em áreas urbanas. A doença trouxe preocupações adicionais, como a transmissão vertical (da mãe para o feto) e perdas gestacionais.

O plano dedica um capítulo específico à vigilância, investigação e monitoramento da febre do Oropouche, que já foi identificada em 31 municípios, incluindo regiões da Zona da Mata, Região Metropolitana e Agreste.

Além disso, a SES-PE mantém atenção à febre amarela, com foco na prevenção de sua urbanização, e à febre do Nilo Ocidental, que, embora ainda sem registros em Pernambuco, já teve casos humanos e epizootias no Brasil.

Cenário atual e perspectivas

Entre março e julho de 2024, Pernambuco registrou aumento nos casos prováveis de arboviroses, mas, após investigações e descartes, os números voltaram a níveis estáveis. O enfrentamento dessas doenças exige ações integradas e contínuas, como controle vetorial, manejo clínico adequado e participação ativa da população.

Com o Plano de Enfrentamento das Arboviroses 2025/2026, o Estado busca fortalecer sua capacidade de resposta e minimizar os impactos das epidemias de arboviroses nos próximos anos.


Divulgação

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: