Um novo incidente envolvendo onça-parda, desta vez em Belém do São Francisco
CPRH pede que pessoas evitem se aproximar do felino e protejam seus animais de criação
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Um novo episódio envolvendo a presença de onça-parda foi documentado no Sertão de Pernambuco, conforme confirmado pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) nesta quinta-feira (18).
O incidente mais recente teve lugar em Belém de São Francisco, aproximadamente 90 quilômetros distante de Carnaubeira da Penha. Em seu habitat natural, o animal mordeu um agricultor, ferindo bastante os braços e mãos dele. Há seis dias, uma agricultora foi vítima de um ataque similar.

A CPRH assegura que os eventos não parecem ter sido causados pelo mesmo animal de Carnaubeira. A identidade da segunda vítima permanece confidencial, e não há detalhes disponíveis sobre seu estado de saúde ou as circunstâncias que envolveram o ataque.
O primeiro incidente ocorreu em 13 de janeiro, quando Maria Inez Freire Barros de Sá, de 58 anos, foi mordida nas pernas e braços enquanto trabalhava em uma plantação. Na ocasião, a mulher recebeu socorro em um hospital local, onde foram realizados curativos e administrado soro antirrábico.
A CPRH explica que a proximidade entre onças-pardas, humanos e animais domésticos pode ser resultado da prática ilegal de caça às presas desses felinos em suas áreas naturais.
“Recomendamos aos produtores rurais locais que mantenham seus animais de criação e domésticos resguardados e próximos a áreas bem iluminadas durante a noite. A mesma orientação se aplica a áreas frequentadas por pessoas, com a recomendação de manter uma boa iluminação e evitar a aproximação desses felinos CPRH,
"Ao avistar o animal, orientamos que as pessoas evitem tentar tirar fotos, jogar pedras ou se aproximar. Incidentes entre onças-pardas e humanos são raros e isolados", informou Joice Brito, analista em Gestão Ambiental da CPRH.
A CPRH também enfatiza que a onça-parda é uma espécie silvestre protegida pela Lei 9.605, que criminaliza o ato de matar ou caçar animais silvestres. Aqueles que cometem esses crimes estão sujeitos a responsabilização criminal e administrativa.
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