X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Chuvas em Pernambuco: entre a necessidade e o transtorno

A água que mata a sede e traz o caos: veja o drama das precipitações no estado


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Chuvas em Pernambuco: entre a necessidade e o transtorno
O paradoxo é grande. Em janeiro, devido às anomalias negativas de precipitação e à piora nos indicadores, houve o agravamento da seca, que passou de moderada (S1) para grave (S2) na região central e oeste do estado |  Foto: APAC/Divulgação

Pernambuco, estado do Nordeste brasileiro, tem vivenciado um paradoxo com as chuvas intensas, seja aquelas que caem em pleno verão ou no inverno. Em um estado onde a água é fundamental para a sobrevivência e várias cidades enfrentam racionamento de água, as chuvas têm gerado transtornos significativos, trazendo consigo uma série de desafios para as comunidades locais.

As águas das chuvas, que poderiam ser armazenadas com o investimento certo, continuam causando mais desespero do que alegria. Não deveria ser assim. Em 2022, para lembrar, 133 pessoas morreram no Grande Recife por causa das chuvas, de acordo com a Defesa Civil. Algo precisa mudar.

Embora a água seja essencial para abastecer os reservatórios, garantir a produção agrícola e amenizar os efeitos da seca, as chuvas têm provocado inundações, deslizamentos de terra e danos estruturais em várias partes do estado.

Somente nesta terça-feira (27), a produção da TV Tribuna recebeu vídeos de vários bairros alagados do Recife, Olinda, Jaboatão, Paulista, Igarassu e Itapissuma. É fruto de um drama vivido com frequência pelas pessoas que não sabem se vão trabalhar, com risco de ficarem atoladas no meio da água, ou se ficam protegendo a própria casa.

As áreas urbanas e rurais têm sido afetadas, destacando a vulnerabilidade da infraestrutura e das condições de vida dos pernambucanos.

Impactos na saúde

Além dos riscos de deslizamento de barreiras, transtornos de locomoção, danos à infraestrutura com estradas interditadas e riscos de choques, um dos principais impactos das chuvas intensas é o aumento do risco de doenças transmitidas pela água e por vetores, como a dengue, a chikungunya e a zika.

O acúmulo de água em poças e recipientes proporciona um ambiente propício para a proliferação de mosquitos, representando uma séria ameaça à saúde pública.

Os agricultores também têm sido duramente afetados, com perdas significativas em suas colheitas devido a enchentes e erosão do solo. As chuvas excessivas comprometem não apenas a produção atual, mas também a capacidade das terras de serem cultivadas no futuro, colocando em risco a segurança alimentar da população.

Diante desse cenário, torna-se urgente a implementação de medidas de prevenção e mitigação dos impactos das chuvas em Pernambuco. Isso inclui investimentos em infraestrutura de drenagem, políticas de gestão de riscos de desastres, adoção de práticas agrícolas sustentáveis e educação ambiental para conscientização da população.

Apesar dos desafios enfrentados, é importante reconhecer a importância das chuvas para a sobrevivência e o desenvolvimento de Pernambuco. Todo ano tem chuvas e inverno, bem como verão escaldante.

Só para lembrar, em dezembro passado, 106 municípios de Pernambuco decretaram estado de emergência por causa da seca e o Estado é o que mais depende de carro-pipa no Brasil, segundo dados do IBGE. Em janeiro de 2024, há menos de um mês, a APAC informou haver agravamento da estiagem em várias regiões.

É preciso buscar um equilíbrio entre a necessidade de água e a necessidade de proteção contra os efeitos adversos das chuvas, visando garantir uma convivência mais segura e sustentável com esse fenômeno natural tão vital para o estado.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: