Chuvas aumentaram níveis das barragens, mas Jucazinho ainda preocupa
Região Metropolitana do Recife está em melhor situação em relação ao acúmulo de água. Veja o nível das principais barragens
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A Compesa informou que as chuvas intensas que caíram na Região Metropolitana do Recife nos últimos dias provocaram mudanças significativas nos níveis de algumas barragens, duas delas com risco de colapso, como é o caso de Bita e Utinga, que estavam em situação crítica em janeiro deste ano.
Segundo a Compesa, o volume de chuva acumulado desde o último dia 12 permitiu que as barragens de Bita (Ipojuca), Pirapama e Sucupema (Cabo de Santo Agostinho) e Duas Unas (Jaboatão dos Guararapes) atingissem a cota máxima de acumulação, ou seja, estão vertendo. A água armazenada neste início de inverno indica uma perspectiva positiva para manutenção do abastecimento até o próximo inverno dentro dos regimes atuais ou até mesmo a melhoria da distribuição em algumas áreas, a depender da continuidade das chuvas. Além delas, outros três mananciais na RMR também apresentaram aumento no volume: Tapacurá, Várzea do Una (São Lourenço da Mata) e Botafogo (Igarassu).
Na RMR, o impacto das precipitações foi mais positivo quando comparado com o Agreste. Barragens como Bita, localizada em Ipojuca, e Utinga, no Cabo de Santo Agostinho, que estavam em situação crítica no início do ano, tiveram aumento nos níveis de armazenamento, reduzindo o risco de colapso no fornecimento de água. O volume de chuva registrado desde o último dia 12, permitiu que as barragens de Pirapama e Sicupema e Bita atingissem a cota máxima de acumulação, ou seja, também estão vertendo.
Praias Litoral Sul
Outra barragem que também verteu foi Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, que integra o Sistema Tapacurá. A água armazenada neste início de inverno indica uma perspectiva positiva para manutenção do abastecimento nos próximos meses dentro dos regimes atuais ou até mesmo a melhoria da distribuição em algumas áreas da metropolitana, a depender da continuidade das chuvas.
Em janeiro deste ano, a cidade, junto com as localidades de Porto de Galinhas e Muro Alto, em Ipojuca, vivia uma situação crítica. As barragens Bita e Utinga, que compõem o Sistema de Abastecimento Suape, estavam em níveis alarmantes, 12,82% e 12,77%, respectivamente, comprometendo o fornecimento de água. Para manter o abastecimento, a Compesa precisou ampliar o rodízio de abastecimento em algumas áreas para administrar a água disponível.
Atualmente, o cenário é bem mais favorável: a barragem de Bita, que chegou a 26,97% da capacidade há 15 dias, está vertendo. Pirapama, que em 12 de maio tinha 73,61%, também atingiu a capacidade máxima. Já Utinga subiu de 8,60% para 34,45%. Outros mananciais também apresentaram melhoras importantes no mesmo período. Sicupema passou de 86,77% para 100%; Tapacurá, de 64,78% para 74,59%; Botafogo, de 31,86% para 50,01%. Várzea do Una, de 31,89% para 54,15% e Duas Unas que estava com 57,78% está agora com 100% de armazenamento.
Situação Agreste

Acompanhia de abastecimento ainda informou que as chuvas registradas nos últimos dias em Pernambuco ainda não trouxeram alívio para algumas barragens localizadas no Agreste, que não conseguiram acumular água, como é o caso da barragem Jucazinho, em Surubim, o maior reservatório para abastecimento de água da região.
Enquanto mananciais da RMR apresentaram melhora significativa, a situação no Agreste ainda está em estado crítico e requer atenção e monitoramento constante. A barragem de Jucazinho está operando com apenas 2,98% da sua capacidade total, sem ocorrência de chuvas suficientes para alterar o quadro atual. Já a barragem de Brejão, em Sairé, apresentou uma leve recuperação, passando de 3,78% para 11,13% após as chuvas recentes. A elevação representa um alívio para o município de Bezerros, que enfrenta sérios problemas de abastecimento porque a cidade também depende da barragem de Jucazinho. A Compesa mantém a expectativa de que o cenário melhore com a intensificação do inverno e a consolidação do período chuvoso.
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