Avô de criança de 7 anos morta em Frei Miguelinho defende inocência da filha
Ele veio ao Recife liberar o corpo do neto no Instituto de Medicina Legal
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Na manhã desta segunda-feira (20), o avô do pequeno José Felipe, de 7 anos, esteve no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife para liberar o corpo do neto. Durante a visita, ele defendeu a inocência da filha, mãe da criança, de 35 anos, que foi liberada pela polícia após prestar depoimento no último sábado (18).
O avô José Felipe da Silva, também chamado de José Felipe, destacou que acredita na participação exclusiva do padrasto, um adolescente de 17 anos, no crime que chocou a cidade de Frei Miguelinho, no Agreste de Pernambuco. O adolescente foi apreendido no sábado passado (18).
“Defendo minha filha porque sei que ela é inocente. Na hora em que tudo aconteceu, ela estava matriculando o outro filho, de 3 anos, e depois foi para a casa de uma comadre”.
Segundo o avô, o menino morava com ele e só se deu conta que a criança não apareceu à noite. Pensava que ele estava na casa da mãe. Ele decidiu ligar para a filha, mas a criança também não estava lá.
Motivação e suspeitas
Segundo o avô, a briga entre o adolescente e o menino pode ter ocorrido durante uma discussão entre o padrasto e a mãe da criança. “Soube que José tentou defender a mãe, deu dois chutes no padrasto, e ele teria dito que ‘isso não ia ficar assim’. Parece que foi por isso que ele matou meu neto”, desabafou o avô.
O adolescente, que era considerado “padrasto” do menino, teria confessado o crime, segundo informações extraoficiais. Ele teria matado a criança com pedradas, em um ato de extrema violência que deixou marcas profundas na comunidade.
A busca pelo menino
Na noite em que percebeu o desaparecimento de José, a família mobilizou vizinhos para procurar a criança. “Passei a noite todinha na mata, junto com meu irmão e outras pessoas da cidade, tentando encontrar meu neto. No dia seguinte, foi que moradores acharam o corpo”, relatou o avô, com a voz embargada.
Revolta e pedido por justiça
Seu José também expressou a dor e a revolta diante da tragédia. “O sentimento que tenho por esse adolescente é de vingança. Quero que ele pague pelo que fez. Ele matou meu netinho e sequer respondeu quando perguntamos por quê fez isso”, afirmou, recordando o momento em que viu o suspeito na delegacia de Surubim.
Moradores de Frei Miguelinho também estão indignados com o crime, que trouxe comoção à pequena cidade. Durante a condução do adolescente até a delegacia, populares protestaram, exigindo respostas e justiça para o caso.
Investigações continuam
A Polícia Civil informou que o caso segue em investigação e que detalhes não podem ser divulgados para não comprometer as diligências.
O crime, que ocorreu no Agreste de Pernambuco, a 147 quilômetros do Recife, segue com motivação ainda não totalmente esclarecida. A mãe da criança, que chegou a ser suspeita, foi liberada após prestar depoimento e não é considerada envolvida até o momento.
A cidade aguarda por respostas e por justiça para o pequeno José Felipe, uma criança descrita como alegre, brincalhona e muito querida por todos.
Veja matéria completa de Luciana Queiroz exibida no Jornal da Tribuna 1ª Edição, comando por Artur Tigre a partir de 3min10
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