A Justiça explica: por que os suspeitos do roubo no Ceasa foram soltos?
Segundo a magistrada, não há, nos documentos da investigação conduzida pela Polícia Civil, elementos que comprovem a ligação entre os quatro autuados
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A decisão que resultou na liberação dos suspeitos do assalto de mais de meio milhão de reais no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa) gerou questionamentos.
Procurado pelo Tribuna Online, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) divulgou, nesta sexta-feira (14), a fundamentação da juíza Blanche Maymone Pontes Matos para o relaxamento das prisões.
Segundo a magistrada, não há, nos documentos da investigação conduzida pela Polícia Civil, elementos que comprovem a ligação entre os quatro autuados e o crime ocorrido na última segunda-feira (11).
A audiência de custódia, realizada na quarta-feira (12) no Fórum Rodolfo Aureliano, avaliou a legalidade das prisões de Luiz Carlos Leão da Silva, Lucas Bento Barros, Pedro Henrique Alves Santana e José Eder de Lima Alves.
Veja também: O roubo de meio milhão de reais no Ceasa: o lado da polícia e o lado dos suspeitos
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), responsável pela ação penal, também se posicionou a favor da soltura dos suspeitos, reforçando a falta de indícios concretos que os ligassem diretamente ao crime.
Com isso, a decisão da juíza determinou que as prisões fossem relaxadas, ou seja, consideradas ilegais, e os autuados foram postos em liberdade. No entanto, o TJPE esclarece que a polícia ainda pode recorrer da decisão, caso apresente novos elementos que justifiquem a manutenção da prisão.
"Cabe à autoridade policial, se assim entender, impetrar o remédio jurídico adequado", disse a juíza.
O caso segue sob investigação, e a polêmica continua. A defesa dos suspeitos sustenta que eles foram vítimas de um erro processual, enquanto as autoridades policiais reafirmam o compromisso em esclarecer os fatos. Resta saber quais serão os próximos passos dessa história que, desde o início, teve contornos dignos de um filme de ação.
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