O café virou ouro – e a xícara tá cheia de história
Coluna publicada no jornal A Tribuna, nas versões impressa e digital
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Você piscou e o café disparou! O mercado começou 2025 daquele jeito: fervendo. O preço da saca bateu os dois mil reais. Isso mesmo, dois mil!
Se você achava que café era só uma bebida para começar bem o dia, pode repensar. Arábica ou conilon, tanto faz… o que importa, caro leitor, é que o grão que move o Brasil agora vale ouro! E eu te pergunto: já tomou seu café hoje? Se ainda não, sugiro que prepare uma xícara e venha comigo nessa história.
Porque entender o valor do café é entender a alma do nosso país. Aqui no Espírito Santo, tem cafezal que já viu cinco gerações trabalhando no mesmo pedaço de terra.
Em Caldeirão de São José, distrito de Santa Teresa, o João Galimberti e o Carlos Alberto Roldi Filho sabem bem disso. Cresceram no meio dos cafezais, ouvindo histórias de seus avós e pais sobre a lavoura. João me contou que, antigamente, o café era vendido por quem chegava primeiro com dinheiro na mão.
Hoje, com a ajuda da cooperativa, tudo mudou. O produtor tem mais segurança, acesso a informações do mercado e negocia melhor. Mas e esse preço nas alturas? Tem explicação!
Primeiro, o consumo de café só cresce. Nos últimos 20 anos, aumentou 37% entre os brasileiros. Isso significa que, em média, cada pessoa bebe quatro xícaras por dia. Multiplica isso pela população do país e você vai entender o tamanho dessa indústria. A produção mundial, por outro lado, enfrenta desafios.
O clima influencia diretamente a safra, e variações no mercado internacional também pesam. Quando há menos oferta e mais demanda, o preço sobe. E agora, com uma safra menor e estoques apertados, o valor disparou. E quem soube aproveitar essa onda? O cooperativismo!
Nos momentos bons e ruins, estar em uma cooperativa faz toda a diferença. Além de garantir apoio técnico, a venda coletiva fortalece os produtores.
O João e o Carlinhos me disseram que, se dependessem só do mercado aberto, não conseguiriam esse preço tão valorizado. Mas não é só de número que vive o café. Ele carrega história, identidade e muito trabalho. São mais de 300 mil fazendas no Brasil, espalhadas por 17 estados e 35 regiões produtoras. A cada xícara, a gente prova um pedaço do País.
E no Negócio Rural de hoje, vamos mostrar de perto essa alta histórica. Vai ter cafeicultor contando suas experiências, especialista analisando o mercado e, claro, aquele bate-papo que a gente adora.
Então, me conta: qual café você prefere? Arábica ou conilon? Se quiser, pode até me responder nas redes sociais (@programanegociorural). Mas, no fundo, o que importa mesmo é o sabor da tradição.
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