Juiz e promotor do caso Mari Ferrer vão ser investigados
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O Conselho Nacional de Justiça vai investigar a conduta do juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que atuou no caso envolvendo a influenciadora digital Mariana Ferrer.
Ela foi alvo de violência sexual em 2018, mas o suspeito do crime, o empresário André de Camargo Aranha, foi inocentado após receber a sentença de "estupro culposo", crime que não existe no Brasil.
O conselheiro do CNJ Henrique Ávila apresentou a representação junto à corregedoria do órgão, pedindo a análise da conduta do juiz e do promotor do Ministério Público que atuou no caso.
Em sua representação, Henrique Ávila diz que Mariana foi submetida a "tortura psicológica" e citou trechos do julgamento, divulgados pelo site The Intercept Brasil, nesta terça-feira. Ávila classificou as imagens como "chocante".
“Em virtude da gravidade dos fatos veiculados pela imprensa, venho à presença de Vossa Excelência requerer a imediata abertura de Reclamação Disciplinar para a imediata e completa apuração da conduta do Juiz de Direito Rudson Marcos, do TJSC, na condução do processo criminal movido pelo MPSC contra André de Camargo Aranha pela imputação de suposto crime de estupro de vulnerável em que consta como vítima Mariana Ferrer”, escreveu Ávila em sua representação.
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