Trump e Musk desmantelam governo, gerando crise e contestação no Congresso
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Quando Elon Musk lançou o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), o presidente da Câmara, Mike Johnson, previu grandes mudanças na administração de Trump. Três semanas depois, a mudança é uma disrupção sem precedentes: desmantelando programas de longa data, gerando indignação pública e desafiando o papel do Congresso.
Trabalhadores do governo são pressionados a se demitir, agências estão sendo fechadas, o financiamento federal foi temporariamente congelado e informações sensíveis do Departamento do Tesouro foram abertas à equipe DOGE de Musk, em uma violação de privacidade.
"Isso é uma erosão da nossa democracia", disse Brian Riedl, conselheiro econômico republicano. Trump nomeou Musk para mexer nos bastidores da democracia americana. O Congresso tem mostrado pouca capacidade de conter o Doge, enquanto uma série de processos judiciais exige intervenções para parar o desmonte do governo. "O que quer que o Doge esteja fazendo, certamente não é o que a democracia parece", afirmou Chuck Schumer, líder democrata do Senado.
Musk e Trump estão desafiando as normas e tentando reduzir o tamanho do governo federal. Embora o Congresso tenha o poder de financiar operações do governo, Trump está testando a ideia de "impedir" fundos federais. Alguns republicanos dizem estar confortáveis com a pausa de certas operações federais, como a USAID, e o fechamento do Departamento de Educação está nos planos. "Temos supervisão", disse o senador Thom Tillis.
A suspensão de fundos para a USAID está sendo vista como um teste para a Lei de Controle de Impugnação, enquanto Doge acessou informações privadas do Tesouro. Na segunda-feira, a juíza Loren L. AliKhan criticou as ações da administração, afirmando que violam a separação de poderes.
A senadora Patty Murray expressou preocupação sobre como o Congresso avançará para financiar o governo até 14 de março, questionando se o governo seguirá a legislação. Quando questionado sobre a autoridade de Trump para fechar agências, Johnson afirmou: "Não tenho todas as respostas."
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