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Internacional

Trump chama Zelenski de 'ditador' que foi para guerra com dinheiro dos EUA


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O presidente americano, Donald Trump, lançou nesta quarta-feira, 19, uma série de ataques contra o ucraniano Volodmir Zelenski em sua rede social Truth Social. Repetindo as acusações do Kremlin, Trump chamou Zelenski de "ditador" que usou o dinheiro dos EUA para ir à guerra, ignorando a anexação russa da Crimeia, em 2014, e a invasão da Ucrânia, em 2022.

"Zelenski é um ditador sem eleições, é melhor ele agir rápido ou ele não terá mais um país", disse Trump. "Um comediante de sucesso modesto, Zelenski convenceu os EUA a gastarem US$ 350 bilhões para entrar em uma guerra que não poderia ser vencida."

A postagem de Trump sobre Zelenski parece ter saído do manual do Kremlin. Na verdade, as eleições ucranianas não foram realizadas ainda porque o país está sob lei marcial, decretada após o país ter sido invadido pela Rússia, em fevereiro de 2023 - uma guerra iniciada por Moscou, não por Kiev. Segundo a lei ucraniana, as eleições não podem acontecer durante a vigência da lei marcial.

Como fez em outras ocasiões, Trump distorceu os números ao afirmar que os EUA destinaram US$ 350 bilhões para ajudar a Ucrânia - na verdade, segundo o Instituto Kiel, que monitora o conflito, foram US$ 119 bilhões.

As declarações de Trump foram uma resposta a Zelenski, que disse ontem que o presidente americano havia sido "apanhado em uma rede de desinformação" da Rússia. "Se alguém quiser me substituir agora, não vai conseguir", afirmou o ucraniano, em entrevista coletiva. "Eu gostaria que a equipe de Trump falasse a verdade. Porque nada disso está tendo efeito positivo na Ucrânia."

Críticas

A narrativa de que Zelenski é um ditador por não ter realizado eleições começou com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma tentativa de afastá-lo do cargo antes do início de qualquer negociação de paz. Especialistas e diplomatas lembram que Putin vem governando a Rússia nos últimos 25 anos amparado por eleições contestadas por observadores internacionais.

O aprofundamento da disputa ameaça minar o esforço pelo fim da guerra e enfraquecer ainda mais a posição da Ucrânia nas negociações, que já começaram entre EUA e Rússia, sem o envolvimento de Kiev e dos europeus.

A Ucrânia há muito tempo depende da ajuda americana - dinheiro, armas e munição - para sustentar sua luta contra a Rússia. "Sejamos honestos: sem os EUA, será muito difícil para nós", disse ontem o general Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia.

Resposta

A reação às declarações de Trump foi imediata. O premiê britânico, Keir Starmer, telefonou para Zelenski para demonstrar apoio. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que os comentários do americano eram "errados" e "perigosos". Sophie Primas, porta-voz do presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o governo francês "não entendeu muito bem a lógica" dos ataques de Trump.

Sob pressão, Zelenski aceitou se reunir hoje em Kiev com Keith Kellogg, enviado de Trump à Ucrânia. Macron e Starmer concordaram em viajar a Washington, na semana que vem, para se reunir com o presidente americano.

Para demonstrar que sua posição sobre a guerra não mudou, a União Europeia anunciou um novo pacote de sanções contra a Rússia - o 16.º em três anos. As novas medidas incluem a proibição da importação de alumínio russo e a inclusão de 73 navios da Rússia na lista de embarcações banidas do bloco.

Republicanos

Enquanto isso, os congressistas republicanos, que tradicionalmente sempre mantiveram uma posição agressiva contra a Rússia, se dividiram em três grupos. Um grande número apoia as declarações de Trump, mesmo que discretamente. A maioria, porém, não emitiu nenhuma declaração pública e preferiu adotar o silêncio.

Alguns poucos, como o senador Roger Wicker, correram risco político de discordar do presidente. "Putin é um criminoso de guerra, que deveria estar preso pelo resto de sua vida ou ser executado." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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