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Internacional

Gigante de gelo ameaça inundar o planeta

Aquecimento global derrete o Eais, maior manto de gelo do planeta. Pesquisa mostra que isso afetará o nível dos oceanos


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Imagem ilustrativa da imagem Gigante de gelo ameaça inundar o planeta
Aquecimento global começa a acordar o maior manto gelado do planeta. Se nada for feito, 52 metros de água congelada poderão derreter |  Foto: Divulgação

Um estudo publicado, nesta semana, na revista Nature, faz um alerta sobre a região mais meridional do planeta, onde um gigante de gelo está adormecido, ou pelo menos estava, até agora!

Até pouco tempo atrás, acreditava-se que nada o faria acordar. Porém, cientistas descobriram que ele está despertando.

O aquecimento global começa a acordar o maior manto gelado do planeta. Se nada for feito para evitar que o aumento de temperatura ultrapasse os 2ºC, como definido pelo Acordo de Paris, 52 metros de água congelada poderão derreter. A consequência  seria catastrófica.

O manto de gelo da Antártida Oriental (Eais), na parte leste do continente gelado, sofre mais perturbação do que se imaginava. Agora, os pesquisadores calcularam como o derretimento impactaria o aumento do nível do mar, um problema que já está em curso devido ao descongelamento de outras geleiras.

Até 2300, o desmantelamento do gigante resultaria em um acréscimo de volume entre 1,5m a 3m nos oceanos. A situação em 2500 seria ainda pior: 5m a mais. Entre outras consequências, ilhas e países inteiros seriam engolidos.

O Eais compreende 80% de todo o gelo do planeta. “É tão grande que, em algumas partes, a espessura chega a 4km”, conta Chris Stokes, professor da Universidade de Durham, no Reino Unido.

Se, hipoteticamente, o manto derretesse da noite para o dia, o mar amanheceria 52m mais profundo. “Claro, isso não vai acontecer”, esclarece Stokes.

Mas o descongelamento contínuo impulsionado pelo aumento de temperatura adicionará mais água do que a costa dos continentes pode suportar.

“Estávamos interessados em saber o quão estável é o Eais porque, por muito tempo, os cientistas acreditaram que, comparado à Antártida Ociental e à Groenlândia, haveria maior estabilidade. Então, talvez, não precisássemos nos preocupar tanto com ele em um cenário de aquecimento”, diz o pesquisador. 

“Mas, no estudo, olhamos para ocasiões do passado em que o clima estava apenas um pouco mais quente que agora e vimos a reação do Eais. Descobrimos que ele retraiu e que, em alguns casos, essa retração foi dramática, contribuindo com um aumento no nível do mar de 5m a 10m.”

Estudo mostra falsa estabilidade

O estudo divulgado nesta semana sobre o Eais traz a revelação de que  o manto de gelo não é tão estável como se pensava, de acordo com  Chris Stokes, professor da Universidade de Durham, no Reino Unido. 

"Temos alguns sinais alarmantes porque, enquanto a maior parte da camada gelada parece estável, algumas partes estão se retraindo e afinando, contribuindo para o aumento do nível do mar tanto quanto a Antártida Ocidental e a Groenlândia", destaca Stokes.

Uma das conclusões mais importantes do estudo é a de que o destino do gigante gelado não está definido. 

Simulações computacionais demonstraram que, em cenários de baixa emissão de gases de efeito estufa, que fazem a temperatura subir, provavelmente o Eais permanecerá intacto. 

Para isso, é preciso atingir as metas definidas no Acordo de Paris, em 2015: limitar o aquecimento a 2ºC e, preferencialmente, 1,5ºC, até o fim do século, tendo como base os níveis pré-industriais.

O problema é que, segundo a Organização Meteorológica Mundial, organismo das Nações Unidas, o ritmo atual das emissões aponta para um cenário de aumento entre 2,5ºC e 3ºC. 

Desde o início da industrialização, o globo está 1,1ºC mais quente, de acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

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