Aborto, gays, celular e até Tinder: relembre frases marcantes do papa Francisco
Pontífice costumava usar linguagem simples e direta para transmitir suas mensagens aos católicos e ao mundo
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O papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21, costumava usar uma linguagem simples e direta para transmitir suas mensagens aos católicos e ao mundo.
Confira, a seguir, algumas de suas frases mais lembradas durante seus anos de pontificado.
“Como gostaria de uma Igreja pobre para os pobres!” (16 de março de 2013, três dias após sua eleição)
“As mulheres teólogas na Igreja são como morangos no bolo, são necessárias (...), oferecem novas contribuições à reflexão teológica.” (5 de dezembro de 2014, diante de mulheres teólogas)
“O grito dos pobres, junto com o da terra, chegou até nós vindo da Amazônia. Depois dessas três semanas, não podemos fingir que não ouvimos.” (27 de outubro de 2019, durante o Sínodo sobre a Amazônia, no Vaticano)
“Acredito que os meios de comunicação devem ser muito claros, muito transparentes, e, sem intenção de ofender, não cair na doença da coprofilia, que é querer cobrir sempre escândalos e coisas desagradáveis, mesmo que sejam verdadeiras.” (7 de dezembro de 2016, durante uma entrevista – a coprofilia designa a atração por matérias fecais)
“Fico muito triste quando celebro aqui na praça ou na basílica e vejo tantos celulares levantados. Não só de fiéis, mas também de sacerdotes e até bispos. Por favor! A missa não é um espetáculo.” (Audiência de 8 de novembro de 2017 na Praça de São Pedro)
O papa apresentou uma lista de quinze “doenças” que ameaçam os prelados da cúria (os órgãos de governo da Igreja), como o “Alzheimer espiritual”, a “petrificação mental e espiritual”, o “coração de pedra”, o “excesso de planejamento e funcionalismo”, a “rivalidade e vanglória”, a “esquizofrenia existencial”, a patologia dos “fofocas” e da “discórdia”, a da “indiferença para com os outros” e a da “cara fúnebre”. (22 de dezembro de 2014, em sua mensagem de Natal à cúria)
“De muitas partes, tem-se uma impressão geral de cansaço e de envelhecimento, de uma Europa envelhecida que já não é fértil nem vivaz.” (25 de novembro de 2014, diante dos deputados do Parlamento Europeu em Estrasburgo, França)
Referindo-se ao “quarentenazo”, termo argentino para a crise de quem completa 40 anos, o papa admitiu: “Temos tentações ruins nesses momentos, tentações que jamais teríamos pensado ter antes.” “Não é preciso se envergonhar, mas é preciso erradicá-las imediatamente.” (17 de fevereiro de 2018, durante um encontro com o clero)
“Alguns acham, perdoem a expressão, que para ser bom e católico temos que ser como coelhos.” (19 de janeiro de 2015, no avião que o levava de volta a Roma vindo das Filipinas)
“Se alguém fala mal da minha mãe, pode esperar um soco (...) Não se pode provocar, não se pode insultar a fé dos outros. Não se pode zombar da fé.” (15 de janeiro de 2015, ao ser questionado sobre a liberdade de expressão dos cartunistas, no avião que o transportava a Manila, dias após o ataque jihadista à redação do semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris)
“É justo contratar um assassino de aluguel para resolver um problema? Não se pode. Não é justo eliminar uma vida humana, por menor que seja, para resolver um problema. É como contratar um assassino de aluguel para resolver um problema,” enfatizou durante uma homilia dedicada ao mandamento “Não matarás”, em que aludiu ao aborto. (10 de outubro de 2018, na Praça de São Pedro do Vaticano)
“No século passado, todo o mundo se escandalizou com o que os nazistas faziam para preservar a pureza da raça. Hoje, fazemos o mesmo com luvas brancas,” declarou o papa ao falar sobre o aborto em caso de malformação do feto. (16 de junho de 2018, ao receber no Vaticano representantes de associações familiares)
“Os jovens têm essa ânsia de se conhecer, e isso é muito bom,” respondeu Francisco a uma jovem hispano-falante em um documentário, quando ela perguntou sobre o aplicativo de encontros Tinder, que o pontífice parecia estar conhecendo naquele momento. / COM INFORMAÇÕES DA AFP
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