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Esportes

Zubeldía tem aproveitamento semelhante a Diniz, Crespo, Ceni e Dorival no comando do São Paulo


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Luis Zubeldía encara a maior pressão desde a sua chegada ao São Paulo, em abril de 2024. São três jogos sem vitórias, mas, mais do que isso, uma queda de desempenho dentro de campo. Em números, contudo, o argentino tem o aproveitamento semelhante a demais treinadores que comandaram o time são-paulino na gestão de Julio Casares, desde 2021.

Com 27 vitórias, 15 empates e 15 derrotas, Zubeldía acumula 56% de aproveitamento. Crespo, campeão paulista em 2021, foi demitido quando tinha 54%, mesmo percentual de Dorival Júnior, campeão da Copa do Brasil 2023 e que deixou o São Paulo rumo a seleção brasileira.

Quando levado em conta apenas a gestão de Casares, com Carlos Belmonte como diretor de futebol, Fernando Diniz fica muito para trás. Entretanto, todo o trabalho do treinador é semelhante aos demais citados: 55% de aproveitamento.

Em questão de longevidade, Zubeldía está entre os trabalhos mais duradouros do São Paulo desde meados de 2015, quando Muricy Ramalho encerrou um ciclo de um ano e sete meses. Ele só está atrás de Fernando Diniz (77 jogos) e a segunda passagem de Rogério Ceni (107), e empata com o compatriota Hernán Crespo.

Top-10 trabalhos mais longos do São Paulo desde 2015

  1. Rogério Ceni (2021 a 2023): 107 jogos
  2. Fernando Diniz (2019 a 2021): 77
  3. Hernán Crespo (fevereiro a outubro de 2021): 57
  4. Luiz Zubeldía (abril de 2024 até atualmente): 57
  5. Dorival Júnior (2023 a abril de 2024): 54
  6. Edgardo Bauza (janeiro a julho de 2016): 47
  7. Diego Aguirre (março a novembro de 2018): 43
  8. Dorival Júnior (2017 a 2028): 40
  9. Rogério Ceni (janeiro a julho de 2017): 35
  10. Juan Carlos Osorio (maio a outubro de 2015): 29

A longevidade de Zubeldía e dos últimos trabalhos (segundas passagens de Dorival e Ceni, Crespo e Diniz), mostra uma mudança de comportamento do departamento de futebol do São Paulo, mantendo treinadores por mais tempo. A exceção foi Thiago Carpini, demitido com 18 jogos, no começo de 2024.

Entretanto, a paciência com técnicos era incomum entre 2015 a 2019, na gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. As primeiras passagens de Dorival e Ceni, Bauza, Aguirre e Osorio até aparecem entre os dez mais longevos, mas o período também teve Doriva (7 jogos), Ricardo Gomes (18), André Jardine (10 como efetivo), Vágner Mancini (12) e Cuca (23).

Libertadores e bastidor político conturbado podem favorecer Zubeldía, que precisa melhorar a defesa

Luis Zubeldía permaneceu no São Paulo após classificar o clube para a Libertadores deste ano. Depois do empate com o Velo Clube, ele projetou que o time estará melhor quando a competição continental, Brasileirão e Copa do Brasil começarem. O técnico apontou os períodos curtos para treinamentos como um problema.

Confirmando a classificação ao mata-mata do Paulistão, o São Paulo só terá uma semana cheia para treinar nas duas primeiras semanas de março. Depois, os jogos das próximas fases do Estadual já vão estar intercalados com o Brasileirão, que inicia em 29 de março para o time são-paulino.

“Estamos num período de preparação, tentando fazer os jogadores terem minutos, evitar lesões, mas queremos ganhar o Paulista. Sabíamos que seria difícil. O que está faltando é o equilíbrio, para não sofrer gols e não perder a força no ataque. É o mais difícil do futebol. Mas a ideia é melhorar”, disse Zubeldía após o empate na última rodada.

As pressões da torcida vão em diferentes pontos. Há o entendimento de que os jovens formados em Cotia, campeões da Copinha, precisem ter mais espaço. Recentemente, em entrevista a um podcast, o empresário de Ryan Francisco, Fabiano Costa, falou publicamente que outros clubes o consultam pelo atacante e citou Premier League e LaLiga como destinos em que o atacante se encaixaria bem. Ele garantiu, porém, que o garoto quer jogar no profissional do São Paulo e fica no Morumbi.

O ataque do São Paulo tem se dado bem com Calleri (líder em assistências na temporada) e Luciano (artilheiro do time em 2025). Lucas Moura tem sido coadjuvante, mas peça importante, como Oscar. Os quatro juntos, porém, ainda não demonstraram o esperado.

A equipe sofre com exposição quando o quarteto joga. E aí entra outro ponto contra o departamento de futebol. As carências nas laterais foram amenizadas, com chegadas de Cédric, Enzo Díaz e Wendell. Entre os zagueiros, apenas Arboleda é titular incontestável. Alan Franco perdeu espaço e faz revezamento com Sabino e Ruan. Ferraresi tem atuado mais na lateral-direita.

Tudo isso são fatores que fazem São Paulo ter sofrido dez gols em nove jogos do Paulistão. É apenas um a mais que o Corinthians, mas os alvinegros também fizeram mais: 16 contra 14 dos são-paulinos. O saldo do Palmeiras também é melhor (15 gols marcados e sete sofridos).

Imagem ilustrativa da imagem Zubeldía tem aproveitamento semelhante a Diniz, Crespo, Ceni e Dorival no comando do São Paulo
Bastidor político divide a pauta da torcida, que reclama de movimentos dos apoiadores do presidente Julio Casares no conselho deliberativo. Foto: @juliocasares_sp via Instagram

Ainda que com pressão, a diretoria são-paulina tenta amenizar a situação nos bastidores, negando haver “terra arrasada”. Um ponto que facilita lidar com isso é que outra pauta também ocupa os torcedores nos últimos dias: a política são-paulina. Novos conselheiros irão se tornar ocupantes vitalícios do cargo. A pequena oposição havia negociado para qualificar dois candidatos, mas não teve a concessão, e todos os dez nomes são aliados de Casares.

O conselho consultivo, que aprovou a lista, conta com ex-presidentes, como Leco e Carlos Miguel Aidar, que renunciou em 2015 e foi expulso do conselho deliberativo após denúncias de corrupção. A situação é mal-vista por torcedores, ainda que todo o processo siga o estatuto do clube.

Passado esse episódio, os holofotes podem se voltar totalmente a Zubeldía, se o time não melhorar. Deve ser levado em conta, ainda, a pressão sobre outro treinador. Dorival Júnior precisa ir bem contra Colômbia e Argentina, pelas Eliminatórias, em março. Uma mudança no comando da seleção, com Dorival livre, poderia abalar ainda mais a situação no São Paulo.

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