Xaud assume CBF e estabelece prioridades: diminuir estaduais, fair play financeiro e criação de liga
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Eleito como novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na manhã deste domingo, 25, o dirigente Samir Xaud, de 41 anos, já apresentou suas prioridades para o mandato que vai até 2029.

A primeira medida é a reformulação do calendário brasileiro, com a redução das datas reservadas para a disputa dos campeonatos estaduais.
“Assumo o compromisso de promover, entre outras medidas, a reorganização dos campeonatos estaduais para um calendário de no máximo 12 datas, sem comprometimento da qualidade e da sustentabilidade financeira dessas competições’, disse o novo presidente, roraimense de Boa Vista, em seu primeiro discurso.
Xaud ressalta que a reorganização não significa a desvalorização dos torneios locais. “São os estaduais que movimentam economias locais, mantêm viva a tradição de futebol. Eles são, em muitos casos, a única oportunidade de visibilidade para centenas de atletas, técnicos e profissionais do esporte”, justificou.
Outra prioridade da nova gestão será o aperfeiçoamento da arbitragem, de acordo com o novo presidente. As atuações dos árbitros, de campo e do VAR, têm sido alvo de reclamações em quase todas as rodadas do Campeonato Brasileiro.
Para contornar a situação, o novo presidente vai incluir dois representantes indicados pelos clubes como observadores permanentes das atividades da Comissão Nacional de Arbitragem.
Fair play financeiro também será prioridade
A adoção do fair play financeiro, conjunto de regras para garantir a estabilidade dos clubes, impedindo que gastem mais do que arrecadam, também está na mira da nova gestão.
“Nossa ideia é que seja instituído imediatamente um grupo de trabalho sobre fair play financeiro no âmbito da CBF, com o objetivo de propor as diretrizes para uma regulação moderna e adequada à realidade do futebol brasileiro”, afirmou o novo presidente da CBF.
Em seu primeiro discurso, Xaud reforçou ainda uma das promessas de campanha: a criação de uma liga dos clubes.
“Não cheguei até aqui sozinho. Faço parte de um grupo que se uniu com um único propósito: construir uma nova CBF, moderna, participativa e comprometida com o desenvolvimento da indústria do futebol”, acrescentou.
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