Quais seleções não usam as cores da sua bandeira na camisa? Veja lista
É o caso, por exemplo de Itália e Alemanha, que dividem a vice-liderança no ranking de campeãs mundiais, com quatro títulos cada
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A possibilidade de a seleção brasileira utilizar uma camisa vermelha na Copa do Mundo de 2026 tem ganhado os holofotes nesta semana. Seria a primeira vez que o Brasil disputaria o Mundial com um uniforme que foge das cores da bandeira nacional. A camisa principal, no entanto, ainda se manteria com o verde e amarelo, adotado desde a década de 1950.
A seleção brasileira, no entanto, não é a única a fugir do padrão utilizado na bandeira nacional. Das 211 seleções afiliadas à Fifa, ao menos dez não tem as cores da bandeira em seu uniforme principal. É o caso, por exemplo de Itália e Alemanha, que dividem a vice-liderança no ranking de campeãs mundiais, com quatro títulos cada.
A princípio, o uniforme italiano, no início do século 20, era inteiramente – algo comum na era amadora do esporte, em função do menor custo do tecido. Depois, passou a utilizar, em 1922, a cor da realeza. Outras equipes, entretanto, mantiveram as cores brancas. É o caso da Alemanha, por exemplo.
A tetracampeã mundial tem a bandeira com as cores preta, vermelha e amarela, mas atua com um uniforme branco na maioria de suas partidas. A camisa tem inspiração na bandeira do antigo reino da Prússia, que dominou o território da Alemanha até o início do século 20. Quando disputou sua primeira partida oficial, em 1908, foi definido que a seleção levaria as cores prussianas. A Prússia foi dissolvida na década de 1930, durante o regime nazista.
Europa
Além de Itália e Alemanha, ainda há outros três casos na Europa de seleções que não levam as cores de suas bandeiras. São elas a Holanda, que utiliza o laranja, mas tem uma bandeira composta por azul, branco e vermelho; Chipre, ilha no Mar Mediterrâneo, que tem as cores azuis e vermelhas como principais no uniforme, em vez do branco, majoritário na bandeira; e a Irlanda do Norte, parte do Reino Unido, mas que adota o verde em vez do branco e vermelho.
No caso dos Países Baixos, a adoção do laranja não veio logo de cara, como com a Alemanha. Na primeira partida oficial, a seleção levou as cores de sua bandeira na camisa. No entanto, como homenagem à família real Orange-Nassau, que reina o país, passou a adotar tons alaranjados no esporte.
Austrália, que preserva a bandeira do período em que foi colônia do Reino Unido, mas utiliza um uniforme verde e amarelo – semelhante ao adotado pelo Brasil. Isso se deve à acácia dourada (Golden Wattle), que é um símbolo nacional australiano. Outra explicação está nas riquezas naturais do país.
Kuwait, no Oriente Médio, repete o uniforme japonês e adota as cores azuladas, apesar de ter uma bandeira com vermelho, branco, preto e verde em sua composição. Essa escolha se deve à herança marítima do país, bem como a influência do Golfo Árabe na cultura do Oriente Médio.
Outros casos
Na América do Sul, a Venezuela tem as cores amarela, azul, vermelha e branca em sua bandeira, mas entra em campo com o uniforme roxo – ou vinho. Isso se deve a um episódio, em 1938, no qual a seleção recebeu as suas primeiras camisas da Guardia Nacional.
Já na Oceania, as Ilhas Cook utiliza uma paleta de cores semelhante à da vizinha Austrália. O motivo também se assemelha: em função das belezas e riquezas naturais do arquipélago, as cores foram adotadas como identidade nacional da nação, que, em sua bandeira, ainda traz o símbolo do período sob o controle do Reino Unido.
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