Léo Batista era botafoguense e foi o primeiro a narrar Fórmula 1 e surfe na TV Globo
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Um dos ícones do jornalismo esportivo brasileiro, Léo Batista morreu neste domingo, 19, aos 92 anos. Ele estava internado no Rio de Janeiro em estado grave depois de complicações de um tumor no pâncreas e de uma trombose.
Apaixonado pelo Botafogo, Léo Batista foi uma das vozes mais marcantes da televisão brasileira não apenas no futebol. O comunicador fez parte de momentos históricos e inesquecíveis do esporte nacional.
Eterno em nossos corações! ?
— Botafogo F.R. (@Botafogo) January 19, 2025
Com pesar e gratidão, hoje nos despedimos do grande Léo Batista, escolhido pela Estrela Solitária e um dos maiores nomes da comunicação brasileira. A voz marcante do jornalista atravessou gerações, nos acompanhou em momentos históricos e anunciou… pic.twitter.com/p4HkeVnLCx
Extremamente versátil, Léo Batista foi o primeiro narrador de Fórmula 1 da TV Globo. Além disso, foi pioneiro nas narrações de competições de surfe no Brasil, em 1979.
Não faltam momentos marcantes na trajetória profissional de Léo Batista. Em 1972, em Munique, na Alemanha, na primeira Olimpíada transmitida ao vivo por satélite, Léo Batista foi determinante para mostrar ao público brasileiro modalidades como atletismo e ginástica artística. Ele foi âncora da cobertura da TV Globo na ocasião.
O ícone do jornalismo trabalhou em 13 Copas do Mundo e 13 Jogos Olímpicos. Foi Léo Batista quem entrou nos plantões sobre a morte de Ayrton Senna, em contato com o repórter Roberto Cabrini, que estava na Itália, e para noticiar o acidente que tirou a vida da Princesa Diana.
Léo Batista também levou emoção inigualável para o boxe. Ele foi apresentador do programa “Panorama do Boxe Brasileiro”, da TV Rio, emissora em que estreou na televisão. Nos anos 1950, Léo Batista ajudou a construir a imagem da lenda Éder Jofre, um dos maiores pugilistas da história.
Difícil apontar qual esporte Léo Batista não tenha narrado. “Teve cuspe à distância, uma coisa porca... demolição, era um monte de carros em uma arena enlameada se batendo, até que sobrava um carro. O último, todo despedaçado, ganhava”, recordou certa vez o comunicador em entrevista concedida ao programa “Redação SporTV”.
Além do amplo trabalho como comunicador (ficou na TV Globo por mais de 50 anos), Léo Batista se dedicou a ofícios como o canto, as artes plásticas, a comédia e a literatura. Também foi dublador e marcou uma geração como narrador dos desenhos animados dos heróis da Marvel, na década de 1960.
No ano passado, o lendário Léo Batista ganhou uma série documental, denominada “A Voz Marcante”. A obra, além da trajetória do narrador, também mostra o lado menos conhecido do inesquecível Léo Batista.
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