Kaká na seleção com Ancelotti? Ex-jogador tem se dedicado aos estudos e foca em gestão esportiva
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Anunciado como novo treinador do Brasil na última segunda-feira, 12, Carlo Ancelotti pretende contar, na comissão técnica, com ex-jogadores brasileiros que trabalharam com ele ao longo da carreira. Um dos nomes especulados para integrar a comissão é o de Kaká.

Comandado pelo treinador italiano no Milan, Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo no ano de 2007. Eles trabalharam juntos novamente anos depois, no Real Madrid. Na última segunda, Kaká exaltou a chegada de Carlo Ancelotti ao comando da seleção nacional.
“Seja muito bem vindo, Mister Carlo Ancelotti! Que Deus abençoe”, escreveu Kaká no X (antigo Twitter).
Seja muito bem vindo, Mister @MrAncelotti ! Que Deus abençoe https://t.co/zNhs5AGsOq
— Kaka (@KAKA) May 12, 2025
Desde que pendurou as chuteiras, em outubro de 2017, Kaká tem focado nos estudos. O ex-meia tem se preparado para assumir funções dentro do futebol.
“Depois que eu parei de jogar, eu me dediquei muito aos estudos. Foram cinco anos fazendo vários cursos. Fiz curso de Gestão Esportiva da Fifa, da Uefa, fiz um curso de negócios no esporte em Harvard, nos Estados Unidos, fiz o curso de treinador da CBF, aqui no Brasil. Eu queria aprender um pouco mais de áreas do futebol, que é aquilo que eu mais entendo”, disse Kaká em entrevista ao Estadão em fevereiro deste ano.
“Então, foi um pouco a minha escolha nesse período, até para ver do que eu gostava, do que eu não gostava, se eu quisesse continuar no futebol, como que seria. Os estudos foram mais nessa direção de conhecimento e autoconhecimento também”, prosseguiu.
Kaká revelou que a parte de gestão esportiva o atrai. Na Fifa, o ex-meia realizou o programa de executivos em gestão esportiva. Na Uefa, uma das prioridades foi o curso de formação de ex-jogadores para funções fora de campo.
“A parte que eu mais gosto é essa da gestão esportiva, menos a de treinador. Mas eu sei da dedicação que precisa no futebol para as coisas, para você tentar que as coisas deem certo. Realmente, eu não queria trocar o meu tempo com a família. Hoje eu tenho quatro filhos, amo estar perto deles, participar do dia a dia, dessa rotina deles. Acho que é muito difícil fazer essa validação da vida no futebol, mais intensa, com a vida pessoal, que eu gosto bastante de estar aproveitando”, contou ao Estadão.
Em fevereiro, a seleção brasileira ainda era comandada por Dorival Júnior. O técnico foi demitido pela CBF no final de março. Na entrevista ao Estadão, Kaká avaliou o momento vivido pela equipe do Brasil.
“Bom, acho natural (os desafios enfrentados pelo Brasil). Esse ciclo de seleção brasileira, de renovações, de novos jogadores, troca de treinadores. Acho que esse é um processo realmente natural. Normalmente, a gente pensa, aqui no Brasil, em ciclos de Copa do Mundo. Então, a gente teve o Tite por dois ciclos. Agora, nesse ciclo, a gente teve algumas trocas, tentando se encaixar. Não acho que a gente vai ter problema em se classificar para a Copa”, previu.
“A etapa de Copa do Mundo, aí é outra história. Na convocação, tem de ver quem está no melhor momento. Copa do Mundo é muito difícil, muito difícil. Essa é uma grande realidade. Como eu acabei ganhando uma e perdendo duas, eu sei os dois lados, as dificuldades e necessidades que precisa para vencer. Eu, de fora, realmente fico na torcida para que a seleção se encaixe”, complementou na ocasião.
Carlo Ancelotti irá estrear pelo Brasil na próxima Data Fifa, em junho, quando a seleção nacional enfrenta o Equador, fora de casa, e o Paraguai, na Neo Química Arena.
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