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Esportes

F1: Verstappen tira McLaren da zona de conforto e larga favorito no GP da Arábia Saudita


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A bem da verdade é que Max Verstappen tem sido o nome do fim de semana da Fórmula 1 na Arábia Saudita. E, se antes da classificação as notícias giravam apenas em torno dos dissabores dentro da Red Bull, o cenário se transformou quando o sol se pôs às margens do Mar Vermelho em Jeddah.

Uma vez mais, o tetracampeão brilhou quando os rivais se atrapalharam e perderam o domínio até então inabalável. A queda de temperatura machucou a McLaren, mas nem tanto quanto o acidente de Lando Norris no Q3. Alheio a isso, Verstappen tirou proveito da “aderência que apareceu do nada” e cravou outra pole importantíssima na temporada 2025. A posição de honra agora lhe dá a oportunidade de contar a própria história nas ruas da cidade árabe que recebe a quinta etapa do campeonato.

Após o terceiro treino livre, em que a equipe laranja apareceu na ponta, ao enfiar mais de 0s6 em cima da concorrência, a expectativa era de um domínio ainda maior na sessão que definiria as colocações de largada. No entanto, a noite saudita mudou o clima e esfriou a pista, o que afetou o comportamento do MCL39, que gosta mais do calor. Ainda assim, a McLaren seguiu andando bem nos trechos de baixa velocidade, bem como nas rápidas curvas de Jeddah. Só que a diferença começou a se mostrar bem menor do que aquela registrada no terceiro treino livre.

E quem surgiu nesse momento foi Verstappen. Embora tenha se queixado de certo desequilíbrio do carro, o piloto percebeu uma melhora significativa do RB21, também em função das mudanças promovidas pela Red Bull. A equipe trabalhou muito na configuração das asas, para tentar compensar as perdas para os carros laranjas, especialmente nas curvas de baixa.

Mas tudo isso também só foi possível porque os níveis de aderência se mostraram consideravelmente maiores a medida que adentrava a noite. Assim, Max liderou o Q1, com uma vantagem de 0s031 para Norris. No Q2, foi Lando quem apareceu na ponta, com uma margem de apenas 0s048. Piastri foi o terceiro, 0s064 atrás. Quer dizer, levando em conta esse equilíbrio, a fase final seria decidida nos detalhes.

Realmente foi o que aconteceu. Pior para Norris, que acabou no muro, depois de exagerar na zebra na curva 4 e ser jogado na parede na primeira tentativa de giro rápido. Larga em décimo, com uma duríssima missão neste domingo.

Após a bandeira vermelha, a Red Bull lançou mão de uma tática ousada, enquanto Piastri permaneceu nos boxes. O australiano foi o único a registrar tempo antes do acidente do companheiro de equipe. Max aceitou o risco e partiu para duas voltas de classificação.

Na primeira, andou com pneus usados macios e foi capaz de superar o tempo de Oscar. Mas acabou tendo a marca batida por um oportunista, George Russell.

Na segunda vez, Verstappen não deixou espaço. E aqui é importante dizer: a equipe austríaca posicionou bem Yuki Tsunoda na pista. O campeão do mundo pegou o vácuo para abrir a volta e aí é história. O 1min27s294 foi o suficiente para garantir a pole e o posto de favorito. Piastri ficou a pífios 0s010 e completa a primeira fila amanhã. Os dois trocaram setores ao longo do giro, mas o neerlandês levou a melhor.

“Depois do terceiro treino livre, certamente não esperava a pole”, admitiu o tetracampeão. “Mas o carro ganhou vida durante a noite. A aderência estava lá de repente. Também fizemos algumas mudanças na configuração. É muito satisfatório. Ser primeiro na classificação é a melhor posição para amanhã, mesmo que na corrida seja difícil mantê-los atrás, mas vamos tentar. Vamos dar nosso melhor”, completou Verstappen.

De fato, essa é uma preocupação legítima, porque a McLaren tem realmente um ritmo de corrida superior, diante das simulações feitas na sexta-feira. Agora, se o tempo mudar novamente na região de Jeddah, as coisas tendem a ficar mais emboladas, sem dúvida.

O traçado urbano proporciona ultrapassagens, mas é também um circuito traiçoeiro, em que o risco precisa ser considerado. Outro ponto crucial será a largada. Russell abre a segunda fila com um carro dos mais interessantes em termos de corrida, só ficou atrás dos papaias. Então, também será um jogo de quem aproveita melhor a posição de pista e estratégia.

No caso da McLaren, há ainda a décima colocação de Norris. “Vamos nos concentrar apenas na corrida. Provavelmente será de uma parada só, mas há uma grande probabilidade da entrada do safety-car por aqui”, declarou Zak Brown, o CEO da equipe inglesa. “Faremos o melhor que pudermos para colocá-lo mais à frente no grid. Lando certamente será mais rápido do que na classificação”, emendou.

De acordo com a Pirelli, a tática de um único pit stop é considerada a mais rápida, mas tudo também depende da degradação em ritmo de corrida. Desta vez, os pneus médios (C4) e o duros (C3) serão os mais utilizados na prova.

“Em termos de estratégias, não sentimos que a situação tenha mudado desde ontem e não é coincidência que, embora ainda não esteja confirmado, a maioria dos pilotos, 15 dos 20 para ser mais preciso, tenha poupado dois conjuntos de pneus duros. O C3 parece oferecer o melhor desempenho e, sem muita degradação, uma estratégia de parada única é, no papel, o caminho mais rápido, com a ordem médio-duro sendo a favorita, com paradas entre as voltas 14 e 20?, explicou Mario Isola, o chefão da fabricante italiana.

“Há algumas razões pelas quais muitos optaram por poupar dois conjuntos deste composto: primeiro, para estarem prontos para qualquer possível situação de safety-car, que é visto com frequência nesta pista, e, segundo, para ter um reserva caso haja um aumento significativo no desgaste neste domingo”, acrescentou o dirigente, adicionando também o seguinte: “Uma parada dupla não está muito distante em termos de tempo total, com uma diferença de cerca de 5s, e envolveria novamente o uso do C3 e do C4. O C5 (macio) pode ser uma opção para pilotos que buscam aproveitar ao máximo seu desempenho superior nas primeiras voltas para recuperar posições, ou caso haja um safety-car nos momentos finais da corrida.”

De toda a forma, a corrida da Arábia Saudita também se desenha em cima de quem vai suportar melhor a pressão. Verstappen sabe que ainda tem um carro que oscila, mas ele próprio faz a diferença quando necessário e esse parece ser o caso em Jedá. Afinal, Max tem pouco a perder neste momento, enquanto Piastri segue em disputa com Norris e precisa tirar proveito das mazelas do companheiro de equipe. E aí tem esse Russell, que teima em entrar na briga com uma Mercedes cada vez mais forte — tão impressionante que foi capaz de colocar Kimi Antonelli em quinto.

Alguém ainda pode se perguntar: e a Ferrari, hein? Por enquanto, a escuderia italiana segue mais longe do top-3. É verdade que Charles Leclerc conquistou uma boa quarta colocação no grid, mas também é ajudada pela ausência de Lando na batalha da pole. A corrida deve se mostrar mais dura, mas se o monegasco for capaz de controlar o desgaste dos pneus, há uma esperança, embora o pódio ainda seja um sonho distante. Agora, é esperar o apagar das luzes.

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