Daniel Alves moverá ao menos três ações contra ex-clube, segundo mídia internacional
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Os advogados de Daniel Alves preparam, ao menos, três processos contra o Pumas após a absolvição do jogador na última sexta-feira, 28, de uma acusação de agressão sexual contra uma jovem em boate de Barcelona em dezembro de 2022. O clube e o jogador já haviam travado uma batalha judicial recente, movida por questões contratuais, e, agora, entrarão no caso processos envolvendo imagem.
De acordo com o jornalista mexicano Ignacio Suárez, âncora do podcast La Fantasmagórica, e conforme relatado pelo veículo espanhol Marca, o antigo atleta acionará o time com uma ação cível por danos morais, uma ação criminal por difamação e uma ação trabalhista por demissão sem justa causa mais pagamento de salários cancelados. Somente pelo último fator, ex-lateral cobra 2 milhões de dólares (cerca de R$ 11,5 milhões).
Entenda a anulação do processo contra Daniel Alves e a repercussão legal
A absolvição de Daniel Alves, que estava condenado a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual, foi determinada pelo Tribunal de Justiça da Catalunha. A decisão foi unânime no júri e se baseou em “insuficiência de provas”. Ele foi preso, preventivamente, em janeiro de 2023, enquanto aguardava denúncia e julgamento, e estava em liberdade provisória após pagar uma multa de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões à época).
“Absolvemos Daniel Alves do crime de agressão sexual de qual foi acusado. As medidas cautelares adotadas são nulas”, diz um trecho da decisão proferida nesta sexta-feira. A defesa do jogador se pronunciou em entrevista à rádio RAC1 e comemorou a decisão. “Estou com Dani Alves e estamos muito felizes. Está provado. A justiça finalmente foi feita”, afirmou a advogada Inés Guardiola.
Ester García, advogada da jovem que acusa o ex-jogador, no entanto, estuda recorrer ao Supremo Tribunal da Espanha contra a sentença, citando “retrocesso” e o estado emocional da denunciante. “(Ela) está muito decepcionada, triste e, de certa forma, sente como se tivesse voltado ao banheiro onde os eventos ocorreram”, disse a jurista à emissora espanhola RTVE.
Além de criticar a decisão, García afirmou que a mesma “rejeitaria a formulação da sentença de primeira instância”, mas não avaliaria “todas as evidências”, o que seria, segundo ela, a função de um tribunal de segunda instância. Em suma, os processos envolvendo tanto a defesa quanto as acusações a Daniel Alves seguem.
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