Fibromialgia é maior em mulheres
Tratamento passa por medicamentos e outros cuidados como exercício físico. Doença está ligada ao estresse e à depressão
Escute essa reportagem

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a fibromialgia é uma doença que afeta mais de 4% da população mundial, sendo que, desse número, 90% são mulheres.
“Pode-se dizer que a fibromialgia acomete mais mulheres do que homens e que a doença também está ligada a questões sociais, ao estresse e à depressão”, explica o ortopedista Nilo Neto.
Para o médico, a violência contra a mulher é um fator que influencia o acometimento da doença junto ao público feminino. Dados recentes da pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que, no Brasil, mais de 18 milhões de mulheres sofreram alguma forma de violência em 2022. “A fibromialgia ocorre mais em mulheres porque elas ainda estão em condição social de fragilidade”, considera Nilo.
A doença pode ainda ser causada por um trauma de infância, por exemplo. Ou seja, está diretamente relacionada a condições psicológicas e sociais.
“Dados revelam que a maioria das vítimas de abuso sexual são do sexo feminino e é preciso abordar o impacto de traumas e emoções em nossa saúde. Muitas vezes, a doença entra em cena como consequência de eventos dolorosos vividos”, destaca o médico.
Tratamento
A prática regular de atividade física é fundamental para o controle da dor. “A atividade física incentiva a liberação de substâncias do próprio organismo que agem como analgésicos naturais, como endorfinas. Isso colabora, inclusive, para melhorar as noites de sono”, ressalta Nilo Neto.
Além disso, é possível contar com a ajuda de medicamentos para o controle da doença, sempre com acompanhamento de um médico especialista capaz de avaliar cada caso individualmente.
O médico acrescenta que o tratamento multidisciplinar é aliado na prevenção de dores. “Fazer terapia, ter uma dieta balanceada com o auxílio de um nutricionista e acompanhamento médico são fundamentais e devem fazer parte da rotina de uma pessoa fibromiálgica”, salienta.
Comentários