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Educação

Educar e cooperar para o futuro

No Espírito Santo, sete cooperativas educacionais estão propagando um modelo de ensino mais humanizado


Imagem ilustrativa da imagem Educar e cooperar para o futuro
A educação cooperativista mostra na prática o valor da colaboração |  Foto: Divulgação

Já imaginou uma escola em que os alunos aprendem matérias como Matemática, Língua Portuguesa e História, mas também são estimulados a praticar a cooperação? Esse é um dos diferenciais das cooperativas educacionais, que estão presentes em diversos municípios do Espírito Santo e reúnem mais de 2,1 mil estudantes.

São sete as cooperativas capixabas que atuam no segmento da educação no Estado: a CEL (Linhares), a Coopeducar (Venda Nova do Imigrante), a Coopem (Muqui), a Coopepi (Pinheiros), a Cooperação (Santa Maria de Jetibá), a Coopesg (São Gabriel da Palha) e a Coopesma (São Mateus).

Essas instituições escolares são uma alternativa viável para as famílias que buscam um ensino diferenciado para os seus filhos. Nelas, os professores têm mais autonomia pedagógica, e os pais podem participar das decisões que envolvem a cooperativa. É o que pontua a presidente da Coopeducar, Loreda Venturim.

“Os pais têm participação efetiva nas decisões da escola, inclusive no corpo pedagógico. Eles são realmente donos da instituição onde os seus filhos estudam. Esse é o grande diferencial das cooperativas educacionais”, frisa.

Donos

Isso acontece porque as essas instituições são formadas por pais ou responsáveis de alunos. Ao matricular seus filhos, eles se tornam cooperados, ou seja, passam a ser donos do negócio. Assim, eles adquirem direito à voz ativa e podem ajudar a definir os rumos da instituição.

De acordo com a diretora pedagógica da CEL, Queila Zorzanelli, essas escolas também têm um papel central na construção de um modelo educacional focado em valores como a empatia e a colaboração. “A educação cooperativista prepara as novas gerações para a cooperação, e não para a competição. Buscamos formar pessoas que vão atuar na sociedade de forma cooperativa”, destaca.

Guiadas por princípios humanos, essas escolas possuem um método de ensino centrado na emancipação acadêmica e pessoal dos alunos. Por isso, além das disciplinas obrigatórias da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as cooperativas educacionais ofertam conteúdos e programas que englobam outras áreas do saber.

Formação humana e social são diferenciais

Imagem ilustrativa da imagem Educar e cooperar para o futuro
Estudante cooperativista desenvolve habilidades como liderança |  Foto: Freepik

No ensino do cooperativismo, as crianças e adolescentes que estudam em coops educacionais aprendem sobre o modelo de negócio desde cedo, conforme explica a diretora da Coopesma, Zenilza Pauli.

“Apesar do nosso currículo básico ser igual ao de outras escolas, o que nos diferencia é a formação humana, a preparação do aluno para a sociedade. Além de se tornarem pessoas empreendedoras, nossos alunos aprendem a impactar a sociedade de forma positiva”, pondera.

Para Carlos André Santos de Oliveira, diretor-executivo do Sistema OCB/ES, organização que representa as cooperativas capixabas, o ensino cooperativista é uma alternativa para o futuro.

“As cooperativas educacionais são a solução para a promoção de um ensino de qualidade, com foco nas pessoas e que, além de formar excelentes profissionais, prepara cidadãos que ajudarão a construir um amanhã melhor”, avalia a liderança.

Além de se tornarem pessoas empreendedoras, nossos alunos aprendem a impactar a sociedade de forma positiva” Zenilza Pauli,, Diretora da Coopesma

Programa ensina a empreender

Imagem ilustrativa da imagem Educar e cooperar para o futuro
Encontro estadual da Cooperativas Mirins de 2023 |  Foto: Divulgação

Com foco no futuro e na independência das crianças e adolescentes, as cooperativas educacionais também preparam os seus alunos para desafios da vida adulta. Por isso, os estudantes também vivenciam desde cedo o cooperativismo e o empreendedorismo por meio do Programa Cooperativa Mirim.

Atualmente existem 10 cooperativas mirins em atuação no Estado. Cinco delas funcionam em cooperativas educacionais e outras cinco foram fundadas por estudantes de escolas públicas. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Instituto Sicoob, o Sicoob Espírito Santo e o Sistema OCB/ES.

As três primeiras cooperativas mirins (Coopemcel, Cooperjetibá a Coop-União) existem desde 2018, quando a iniciativa teve início em solo capixaba. Foram elas que abriram o caminho para as outras sete que surgiram em 2023, durante a fase de expansão do programa. São elas: Altercoop, Coopergav, Cooper PCB, Coop Nair, Coopsaber, Coop-Sul e EcoCoop.

Dentro das cooperativas mirins, crianças e adolescentes têm a oportunidade de desenvolver habilidades como oratória, gestão democrática, administração de recursos, negociação, liderança e, sobretudo, o princípio da solidariedade. Isso porque eles são incentivados a pensar em formas de ajudar as comunidades onde atuam, por meio de ações como campanhas e doações.

A dedicação ao próximo é uma das atitudes incentivadas, destaca a supervisora de Responsabilidade Social do Sicoob ES, Sandra Martins. “O programa estimula os participantes a atuarem de forma mais colaborativa, preparando melhor as gerações futuras para os desafios. Nosso foco é na prática pedagógica baseada na vivência dos valores do cooperativismo, o que irá formar futuras lideranças comprometidas com o bem-estar coletivo", avalia.

Com o intuito de exercitar conhecimentos sobre produção, vendas e trabalho em equipe, cada cooperativa mirim desenvolve um ou mais objetos de aprendizagem. Nessa hora, é a criatividade quem dita as regras. As produções vão de guloseimas – como biscoitos decorados, chup-chup gourmet e brigadeiro – a itens do dia a dia – como sabonetes, essências e chaveiros personalizados.

Os recursos arrecadados com os objetos têm finalidade educativa e são destinados a melhorar a infraestrutura das coops ou até mesmo alocados para ações sociais. É o que a Cooperjetibá está fazendo neste momento, afirma Charles Netto, professor responsável por orientar os alunos dessa cooperativa mirim.

“Os estudantes estão produzindo e vendendo cookies, e os ganhos serão revertidos em kits destinados à doação para alunos do Rio Grande do Sul, que daqui a um tempo voltarão para as escolas que estão sendo arrasadas”, lembra.

Saiba mais

Altercoop (São Mateus)

Coopemcel (Linhares)

Coopergav (Vila Velha)

Cooperjetibá (Santa Maria de Jetibá)

Cooper PCB (Cariacica)

Coop Nair (Fundão)

Coopsaber (Venda Nova do Imigrante)

Coop-Sul (Cachoeiro de Itapemirim)

Coop-União (São Gabriel da Palha

EcoCoop (Ecoporanga)

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