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Entretenimento

“Transformo meus medos em força e coragem”, diz atriz Maria Casadevall


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Imagem ilustrativa da imagem “Transformo meus medos em força e coragem”, diz atriz Maria Casadevall
Maria Casadevall estará no filme “A Garota da Moto”, de Luis Pinheiro. |  Foto: Divulgação

Para encarar desafios e dores, a atriz Maria Casadevall, 33, tem uma estratégia. “Procuro estar presente em meu tempo, atenta às circunstâncias políticas, criativas, afetivas e sociais que me cercam para poder acolher meus medos com sabedoria, transformando-os em força e coragem”, conta em entrevista ao AT2.

Dona de uma autenticidade natural e defensora da democracia de ideias, essa paulista de sorriso largo é uma das protagonistas das séries “Coisa Mais Linda”, da Netflix, e “Ilha de Ferro”, da Globoplay. E não para por aí.

Em breve, Maria estará nos cinemas, no filme “A Garota da Moto”, de Luis Pinheiro.
Além de atuar, ela também produziu, em 2017, o curta “A Ordem do Caos... Ou”, que chegou a ser selecionado para o Festival de Cannes.

Para a atriz, toda oportunidade torna-se canal de comunicação e porta para discussão de ideias. E é justamente o que tem rolado desde o ano passado no seu Instagram. Maria Casadevall transformou seu perfil na “EspaçA Coletiva”, para compartilhar experiências diversas de mulheres.

“Com a pandemia, me pareceu, mais do que nunca, muito absurda a ideia de ocupar aquele espaço sozinha”, diz.


“Sonho ser exatamente quem eu sinto que sou”


AT2 Como o momento atual de pandemia mexeu com você?

Maria casadevall A pandemia e seu isolamento consequente – para poucos privilegiados – me trouxeram a possibilidade de recolhimento, as pazes com a imaginação, o canto, a fé, a dança e a inventividade, recursos às vezes tão raros em tempos de estar sempre correndo contra o relógio.

Me trouxeram a chance de mais quietude, de olhar pra dentro para poder olhar pra fora com mais precisão e qualidade, de ressignificar a relação com meu alimento, de ter tempo e disposição para prepará-lo.

Também me fez olhar de frente minha resistência com as tecnologias e o mundo virtual. Passei a respeitá-lo e a usá-lo com discernimento e moderação. Mas ainda reluto em me expor. Enfim, muitos aprendizados.

O que ainda sonha realizar?

Ser exatamente quem eu sinto que sou.

Criou o “EspaçA Coletiva” em seu Instagram, abrindo voz para as mulheres. Quais são as suas lutas hoje?

Não me reconheço como uma militante ativa, comprometida com algum partido e encarregada de tarefas coletivas dentro de uma estrutura organizada.

Meu olhar e minha ação estão voltados para a perspectiva que reconhece no patriarcado e no capitalismo duas forças que se retroalimentam e que dão origem a todas as opressões contra as quais diversas lutas se organizam: opressões raciais, de gênero, de espécie, ambiental, de classe, de sexualidade etc.

“Coisa Mais Linda”, que aborda temas como feminismo, preconceito e privilégios, tem repercutido bastante também no exterior. Para você, qual o maior atrativo da série?

Na minha opinião, é a perspectiva contemporânea de um contexto de época. Estamos olhando para 1960 com os óculos de 2021.

E as protagonistas desta história são mulheres que ocupavam lugar coadjuvante naquele período e que assumem a centralidade da narrativa e o lugar de narradoras, propondo ao público, através da vivência, e não do discurso, reflexões sobre feminismos, sobre gênero, classe e raça.

Essas personagens são construídas e mostradas em profundidade com seus dilemas e condutas humanas, sem cair na dicotomia dos conceitos simplistas de heroínas e vilãs.

Existe interesse em trilhar carreira fora do País?

Existe interesse em trabalhar com diferentes culturas, enfrentar o desafio de atuar em outro idioma, conhecer outras perspectivas de abordagens e profissionais independentes e corajosos que estejam querendo contar histórias em que eu acredite.

Você protagonizou “Ilha de Ferro”, no GloboPlay. Foi uma mulher decidida, com posição de liderança num ambiente masculino. Júlia tem algo em comum com a Maria?

Sinto enorme admiração pela Júlia e por sua autenticidade. Temos em comum o mecanismo que criamos para nos proteger. Eu, em um meio muito machista como o audiovisual, e ela no ambiente das plataformas de petróleo, que chega a ser tão ou mais machista ainda. Assim, geralmente, aparentamos ser muito mais sérias e duronas do que realmente somos e isso pode, em algumas situações, gerar distanciamento.

Júlia me ensinou muito sobre como garantir e ocupar meu espaço com segurança e autorrespeito e me sentir tranquila com a minha natureza introspectiva e, às vezes, meio calada.

Em breve, estará nos cinemas com “A Garota da Moto”. O que a cativou no projeto?

Minha antiga parceria artística com o diretor do filme, Luis Pinheiro, a peculiaridade da personagem, sua personalidade misteriosa e um tanto sombria, e o conceito estético do filme, construído e pensado a partir da linguagem e do universo dos quadrinhos.

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