"Ainda Estou Aqui" vence o Oscar de Melhor Filme Internacional
Filme de Walter Salles Jr. recebeu o primeiro prêmio da noite. Ainda disputa outras duas categorias
Escute essa reportagem
O Brasil conquistou, na noite deste domingo (2), seu primeiro Oscar da história. O filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles Jr., venceu na categoria de Melhor Filme Internacional, marcando um feito inédito para o cinema nacional.

A produção, que emocionou a crítica e o público internacional, ainda concorre a outras duas categorias de grande peso: Melhor Filme e Melhor Atriz, com a brilhante atuação de Fernanda Torres.
A cerimônia do Oscar 2025 acontece em Los Angeles, reunindo os maiores nomes da indústria cinematográfica. Com a vitória, o Brasil reafirma sua força no cenário global do cinema e celebra um momento histórico para a cultura nacional.
O longa superou os representantes da Dinamarca, "A Garota da Agulha", da Alemanha, "A Semente do Fruto Sagrado", da Letônia, "Flow", e da França, "Emilia Pérez", tido como favorito até a implosão de sua campanha, causada por polêmicas diversas mas, especialmente, pela descoberta de publicações de cunho racista e islamofóbico nas redes sociais de sua protagonista, Karla Sofía Gascón.
Também indicado às estatuetas de melhor filme e melhor atriz, com Fernanda Torres, "Ainda Estou Aqui" narra a história verídica de Eunice Paiva a partir do desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, nos anos 1970. O ex-deputado e engenheiro foi uma das vítimas da ditadura militar.
Esta foi a quinta tentativa do Brasil de vencer o Oscar de filme internacional, categoria anteriormente chamada de melhor filme em língua estrangeira. A última aconteceu com outro filme de Salles, "Central do Brasil", protagonizado por Fernanda Montenegro, em 1999.
No ano anterior, "O Que É Isso, Companheiro?", também com Torres no elenco, havia sido indicado e, antes dele, "O Quatrilho", na cerimônia de 1996, e "O Pagador de Promessas", na de 1963.
Comentários