Rodrigo Fagundes: "Os falsos fofos me tiram do sério"
Em entrevista ao AT2, o ator Rodrigo Fagundes diz que busca o riso e a leveza em tudo. Mas perde a paciência com falsidade e arrogância
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Rodrigo Fagundes é uma pessoa bem-humorada, daquelas que procuram ver humor em tudo, até nos momentos mais difíceis.
Gosta de transformar “as porradas da vida” em riso e leveza, segundo contou em entrevista ao AT2. “Amo fazer meus amigos rirem. Amo mesmo”, fez questão de frisar.
Mas será que alguma coisa irrita o ator a ponto de atrapalhar sua plenitude? “Arrogância e os falsos fofos me tiram do sério. Ah, quando detecto, eu vou de voadora em cima”, avisa, aos risos.
Atualmente na novela das 19h, “Volta por Cima”, em que interpreta o rico falido Gilberto Góis de Macedo, o Gigi, Rodrigo Fagundes chamou a atenção do público com o personagem Patrick, que saiu da peça “Surto” direto para o “Zorra Total”, onde ficou por 10 anos.
“Amo ter feito o Patrick. Só me trouxe alegrias. Mas, artisticamente, não penso em trazê-lo de volta. Ele vive agora na memória afetiva de tanta gente! Não tem um dia sequer que não seja abordado na rua e nas redes sociais com alguém dizendo o quanto amava o personagem. É lindo ter isso na minha conta!”, diz o ator, que brilhou com o bordão “Olha a faca!”.
Com 52 anos de idade e 23 de carreira, o mineiro de Juiz de Fora agora encara o desafio de viver o Gigi na trama das 19 horas.
O personagem de família quatrocentona que foi à falência ainda vive de aparências ao lado das irmãs Belisa (Betty Faria) e Joyce (Drica Moraes). Rodrigo conta que a alegria de viver e o sarcasmo são seus pontos em comum com o personagem.
redes sociais
Se você ficou com vontade de interagir com o ator, dá uma passadinha nas redes sociais dele. Lá, ele é bem direto e tenta responder todo mundo que fala com ele.
“Ainda não domino muito. Mas gosto das redes. Elas não me comandam, mas sim o contrário”, explica.
Mas nem adianta ir jogar hate em cima do ator. Sabe como ele se defende? “Bloqueio todos! Às vezes, respondo também. Sou bem desaforado quando provocado!”, admite, entre risadas.
E os fãs e seguidores podem ficar tranquilos, pois Rodrigo Fagundes já tem planos para depois de “Volta por Cima”. “Participei de um episódio da série ‘Pablo e Luisão’, do querido Paulo Vieira, no Globoplay. Deve sair no primeiro semestre deste ano. E quero voltar para o teatro”, contou.
No streaming, ele pode ser visto na segunda temporada de “Impuros”, no Globoplay, e no filme “Tudo Bem no Natal que Vem”, na Netflix.
“Comédia, para mim, é matemática”
at2 Quem foi sua inspiração para criar o Gigi?
Rodrigo Fagundes A partir do texto maravilhoso, comecei a buscar inspiração nas divas, como Bette Davis, Scarlet O´hara, Christiane Torloni, Clodovil. E sempre tentando passar a graça dele no drama que a vida se tornou pra esse homem, que se comporta como adolescente. Mimado e inconsequente.
Tem algo em comum com ele?
Somos muito diferentes! Admiro a liberdade que Gigi sempre teve. Para o bem e para o mal, pois ele quer se dar bem e voltar a ter o alto padrão que sempre teve. Eu sempre corri atrás das minhas coisas, dos sonhos, e enfrentei mais questões sobre quem eu era desde muito novo. Mas acho que temos a alegria de viver e o sarcasmo em comum.
Como está sendo a convivência com Betty Faria e Drica Moraes. Costuma pegar dicas com elas? Deu uma de fã quando viu as duas pela primeira vez?
Com certeza! Betty, Drica e Fabio Lago também. São grandes artistas, sempre admirei muito. Trocamos ideias, rimos de tudo no set e nos ajudamos o tempo todo. Mas, a todo momento, me pego olhando para elas e meu coração acelera por estar tendo essa oportunidade.
Sua estreia em novela foi em “Kubanacan”, em 2003, com uma participação especial. O que mudou de lá para cá?
Na verdade, em “Kubanacan”, foi uma participação com uma fala e ainda me marcaram de costas. (Risos) Anos depois, quando fiz o programa “Estrelas”, da Angélica, acharam esse material e eu ri muito revendo. Não fiz a novela. Mas foi sim a primeira vez que pisei nos Estúdios Globo.
Sempre quis ser artista ou, em algum momento de sua vida, cogitou outra carreira?
Sempre! Mas houve impedimentos. Da família e até de mim. Cheguei a me formar em Publicidade e depois entrei na CAL (escola de Teatro no Rio). É uma profissão instável, difícil, mas eu sempre acreditei e corri – e corro – atrás para fazer dar certo.
Passou perrengues no começo da carreira ou sempre foi tranquilo?
Perrengues? Sempre! Ter que me virar em empregos para pagar a CAL... Pedir dinheiro à família para ajudar no meu sonho... Era uma sorte minha poder contar com eles, mesmo com toda preocupação que tinham comigo por estar nesse caminho da arte. Mas foram dificuldades que me fortaleceram.
Quando você descobriu que era engraçado?
Na peça “Surto”, com a qual ficamos em cartaz por 11 anos e mudou nossas vidas. Comédia, para mim, é matemática. Tem um jeito de fazer. É ritmo. É respiração. A estrada, o palco e a vida foram me dando isso. E fico muito feliz de saber que arranco um sorriso das pessoas com o que faço.
Qual o personagem dos seus sonhos?
Qualquer um que transite entre comédia e drama, que tenha muitas camadas para explorar. Tonho da Lua, por exemplo, eu amo. Conde Vlad, de “Vamp”, e Maria de Fátima, de “Vale Tudo”... Por que não?! (Risos)
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