Três grandes empresas vão deixar o Espírito Santo

| 23/10/2020, 14:37 14:37 h | Atualizado em 23/10/2020, 14:41

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-10/372x236/tangara-alimentos-vv-a31446bd12d22546f4c89e4140d26441/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-10%2Ftangara-alimentos-vv-a31446bd12d22546f4c89e4140d26441.jpeg%3Fxid%3D147367&xid=147367 600w, Unidade da Tangará: empresa vai transferir produção para Minas, mas irá manter parte da operação no Estado

A decisão de três empresas encerrarem parte de suas operações do Estado pode ocasionar a demissão de até 1.400 trabalhadores de forma direta. Indiretamente, mais de 5.000 pessoas podem perder os empregos.

A última a confirmar que vai sair é a Tangará Alimentos. Antes, já tinham anunciado no mesmo sentido a Technip e a Transpetro. A presidente da Federação das Indústrias do Estado (Findes) Cristhine Samorini, afirmou que essas decisões fazem parte do mercado.

“As empresas procuram a redução de custo e reposicionamento do mercado, estamos em momentos diferentes e isso faz parte do jogo do mundo empresarial. São empresas grandes e que trabalham com a questão de custeio. Caminhamos para um modelo de indústria mais automatizada”, ressaltou.

Ela destacou que a decisão da Tangará não foi surpresa. Segundo a presidente, a empresa vai manter uma parte das operações funcionando na Serra. Porém, não foi possível passar detalhes.

A Tangará vai transferir suas atividades para Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, com intenção de investir R$ 65 milhões na nova fábrica até fevereiro de 2021.

“A suspensão de parte da operação está ligada a bacia leiteira deles, porque Minas Gerais tem mais possibilidades, é um reposicionamento”, disse Samorini.

Fernando Otávio Campos, presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) da Findes, estimou que até 300 pessoas podem perder o emprego somente na Tangará. “A economia do Estado perde muito, mais que apenas os salários destes trabalhadores, perde renda de serviços como padarias, supermercados, academias, médicos e outros”.

Os postos de trabalho perdidos com o encerramento de parte das atividades da Technip serão cerca de 1.000, destacou Fernando. Já Cristhine ressaltou que as duas empresas vão tentar evitar a demissão de parte dos trabalhadores.

“A Tangará está ofertando a transferência de alguns trabalhadores para irem para Serra ou serem transferidos para Minas. Há uma recolocação. A mesma condição foi feita pela Technip”.

Já o encerramento das atividades da Transpetro pode ocasiona cerca de 100 demissões.


SAIBA MAIS Fábrica de alimentos fica em Vila Velha


Tangará

  • Especializada em alimentos lácteos, a Tangará Foods transferiu as atividades industriais de Vila Velha, no Espírito Santo, para Manhuaçu, na Zona da Mata mineira.
  • A estimativa da Federação das Indústrias do Estado (Findes) é de que pelo menos 300 trabalhadores percam seus postos de trabalho no Espírito Santo.
  • A Tangará, entretanto, está oferecendo aos trabalhadores de Vila Velha a possibilidade de transferência, para trabalhar na unidade em Serra ou mesmo serem transferidos para trabalhar em Minas Gerais.

Technip

  • A Technipfmc produz em Vitória tubos flexíveis para exploração de petróleo e gás, mas encerrará as atividades na fábrica até dezembro.
  • A empresa tem cerca de mil funcionários, e fontes do setor afirmam que parte deles devem ser transferidos para o Açu, no Rio de Janeiro, onde a empresa concentra operações.

Transpetro

  • A subsidiária da Petrobrás perderá em Novembro o direito de operar o Píer das Barcaças, por opção da Vale, proprietária do local, que era utilizado pela Transpetro para abastecer navios atracados nos portos de Vitória.
  • A estimativa do Sindicato dos Petroleiros do Estado (Sindipetro-ES) é de que o fim das atividades causará a demissão de pelo menos 100 funcionários de empresas terceirizadas que prestavam serviço a Transpetro.
  • A Transpetro foi procurada, mas não retornou até o fechamento da edição.

Fonte: Empresas citadas, Jornal Hoje em Dia, Findes e Sindipetro-ES

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