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Economia

Sem tarifas de Trump, dólar fecha abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde dezembro

Analistas apontam que a principal dúvida do mercado segue sendo sobre a capacidade do governo em equilibrar as contas públicas


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Imagem ilustrativa da imagem Sem tarifas de Trump, dólar fecha abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde dezembro
Sem tarifas de Trump, dólar fecha abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde dezembro |  Foto: MARCELLO CASAL JR

O dólar despencou 1,40% nesta quarta-feira (22) e terminou o dia cotado a R$ 5,956. Essa é a primeira vez que a moeda norte-americana fica abaixo do patamar de R$ 6 desde dezembro do ano passado, quando esteve em uma sequência de disparadas à luz da crise fiscal do país.

Nesta sessão, investidores ponderaram sobre a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o dólar chegando a encostar R$ 5,915 na mínima do dia.

Após tomar posse na segunda-feira, o republicano iniciou o segundo mandato com uma série de decretos e anúncios de planos para as próximas semanas. Entre eles, que poderá impor tarifas de importação a produtos da União Europeia e da China no início de fevereiro, mesma ameaça feita contra Canadá e México.

A promessa de uma política tarifária mais protecionista esteve no centro da campanha presidencial de Trump . Segundo especialistas em comércio, as medidas afetariam os fluxos comerciais, aumentariam custos e provocariam retaliações.

O principal temor, no entanto, é sobre o efeito na economia doméstica dos EUA. As tarifas têm potencial inflacionário, o que pode comprometer a briga do Fed (Federal Reserve, o banco central do país) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados. E, quanto mais altos os juros por lá, melhor para o dólar, que se torna mais atraente conforme os rendimentos dos títulos ligados ao Tesouro norte-americano crescem.

Mas, apesar das falas nos primeiros dias no cargo, o mercado pondera se as ameaças são bravatas políticas ou de fato planos concretos do presidente. Até agora, Trump apenas orientou que as agências federais investiguem os déficits comerciais dos EUA e práticas comerciais "injustas" de países parceiros.

"Essa abordagem do governo Trump, de primeiro ameaçar para depois estudar se realmente vai ser implantada alguma tarifa sobre as outras economias, tem levado a um movimento de enfraquecimento global do dólar", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

"Visto o que se antecipava, o receio era de que ele teria uma postura agressiva já no seu primeiro dia de mandato."

Com temores de um repique inflacionário por causa das tarifas, o dólar vinha acumulado ganhos em relação às demais moedas antes da posse do presidente. Agora, investidores têm retirado investimentos na divida norte-americana.

Além do real, os pesos mexicano, colombiano e chileno também apresentaram ganhos firmes em relação ao dólar.

O movimento desta quarta também é atribuído, segundo o economista André Perfeito, a efeitos acumulados da taxa Selic.

"Não é possível dizer que o real está ganhando força sozinho, mas se acumulam evidências de que a moeda brasileira pode estar se valorizando pelos efeitos cumulativos da taxa Selic em alta", avalia ele.

A taxa básica de juros do país está em 12,25% ao ano e deve chegar a 14,25% até março, conforme indicado pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) na última reunião de 2024.

Quanto maiores os juros no Brasil e menores nos Estados Unidos, melhor para o real, que se torna mais atraente para investimentos de "carry trade" -isto é, quando investidores tomam empréstimos a taxas baixas e aplicam recursos em moedas de países de taxas altas, para rentabilizar sobre o diferencial de juros.

"Não podemos e nem devemos assumir que o real vai se apreciar fortemente nos próximos meses, muito pelo contrário, mas também é evidente que o mercado está considerando seriamente os R$ 6,00 como o ponto de gravidade."

Por aqui, o mercado segue atento a possíveis novos anúncios na cena fiscal, ainda que as sessões estejam sendo ditadas pela falta de impulsos. O Congresso Nacional estará em recesso até o dia 2 de fevereiro.

Analistas apontam que a principal dúvida do mercado segue sendo sobre a capacidade do governo em equilibrar as contas públicas.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta que o governo pode apresentar novas medidas caso julgue necessário para o cumprimento das metas fiscais do ano.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele afirmou que o governo está fazendo um balanço do que foi aprovado em 2024 para já avaliar se há a necessidade de apresentação de medidas adicionais.

No último dia de plenário do ano passado, 20 de dezembro, o Congresso aprovou uma série de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Executivo no final de novembro.

A estimativa do Ministério da Fazenda era de uma economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. Mas o pacote foi enfraquecido na tramitação, e cálculos iniciais estimam que até R$ 20 bilhões da conta original vão deixar de ser poupados.

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