“Precisamos de rodovias melhores”, afirma diretor da CNT sobre estradas do ES

Segundo ele, dois a cada três quilômetros no Estado têm algum tipo de problema e necessitam de melhorias

Gustavo Andrade, do jornal A Tribuna | 28/02/2024, 22:03 22:03 h | Atualizado em 28/02/2024, 22:04

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Durante o Fórum CNT de Debates realizado nesta terça-feira (27) em Vitória, o diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, destacou que o Espírito Santo precisa evoluir bastante em termos de qualidade das rodovias, em entrevista ao jornal A Tribuna.

Segundo ele, dois a cada três quilômetros no Estado têm algum tipo de problema e necessitam de melhorias.

A Tribuna - Como o senhor avalia a infraestrutura rodoviária no Espírito Santo?

Bruno Batista – Em termos de rodovia, a CNT tem uma pesquisa muito ampla, a Pesquisa da CNT de Rodovias. Ela tem como objetivo realizar um levantamento das características e avaliar as condições da malha rodoviária pavimentada brasileira que afetam, direta ou indiretamente, as condições de trafegabilidade e segurança das estradas.

Os resultados nossos de avaliação do ano passado mostram que o Espírito Santo precisa ainda evoluir bastante em termos de qualidade. No ano passado, 66%, ou seja, dois em cada três quilômetros de rodovia aqui no Estado têm algum tipo de problema, de pavimento, de sinalização ou de geometria viária.

Então, esse é um indicador que mostra a grande necessidade de melhorar o nível de investimento, de construir rodovias mais seguras porque elas vão ser a base do sistema logístico aqui do Estado.

Os investimentos feitos nas BRs, principalmente que cortam o Estado, são suficientes?

O ciclo de investimento do País de uma forma geral, e o Espírito Santo não é uma exceção a isso, passou por um período muito crítico nos últimos sete anos, oito anos.

Recentemente foram feitos investimentos a exemplo do Contorno do Mestre Álvaro, no Espírito Santo. Quais a perspectivas para este ano?

No ano passado, pela primeira vez, houve uma elevação dos recursos disponíveis. Este ano, a gente volta a ter um patamar de investimento da ordem de R$ 16 bilhões. Então, é provável que agora, ao longo desse ano, as obras voltem a acontecer num ritmo mais forte. A expectativa é que os problemas logísticos sejam sanados com esse tipo de investimento.

Quais são as principais demandas do segmento?

Aqui no Espírito Santo, o setor pede rodovias melhores, um melhor acesso rodoviário, um melhor acesso terrestre, rodoferroviário aos portos. O Espírito Santo tem portos muito importantes e, sobretudo, melhorar a integração. O transporte aqui precisa ser melhor integrado, ele passa também pela questão da mobilidade urbana, as cidades são bem abastecidas, mas sempre há espaço de melhoria.

Novo contrato da BR-101

Também durante sua fala no evento, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Ricardo Ferraço destacou que o projeto de repactuação — ou seja, a definição de novos critérios do contrato de concessão da BR-101 —, em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU), seja apresentado entre março e abril.

“Está certo de ter uma perspectiva deste contrato ser recolocado em novas bases, com novos corpos, mas mantendo o objetivo fundamental de duplicar, basicamente, toda a rodovia”, disse.

Segundo ele, estarão inclusos os três contornos, em Fundão, Ibiraçu e Linhares e de basicamente, só não duplicar os trechos que têm restrição de licenciamento ambiental. Nesse caso, vão ser trabalhadas terceiras faixas, que permitem melhorar o fluxo.

“Estamos com a expectativa de que agora, no mês de março, no mês de abril, o TCU possa sinalizar positivamente essa estratégia, permitindo que vários contratos e concessões de rodovias federais que estão em desequilíbrio possam ser renegociados sem que a gente tenha que fazer novas licitações”, explicou.

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