Pior da crise já passou, avalia Findes

| 08/07/2020, 15:07 15:07 h | Atualizado em 08/07/2020, 15:09

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2018-08/372x236/construcao-civil-94a850422045ad9cb01166837c0a2c6c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2018-08%2Fconstrucao-civil-94a850422045ad9cb01166837c0a2c6c.jpg%3Fxid%3D131012&xid=131012 600w, Com a redução dos juros, a Caixa prevê a retomada de investimentos no setor da construção civil

A retomada da economia brasileira ganhou fôlego em junho, após meses de incerteza em relação à pandemia do novo coronavírus. No Estado, a sensação é de otimismo, e segundo a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), o pior da crise já foi ultrapassado.

No mês passado, as vendas no Brasil atingiram o maior patamar deste ano, com resultado 15,6% maior que o mês de maio, segundo boletim da Receita Federal, feito com base na emissão de notas fiscais eletrônicas (NFe).

Para o vice-presidente da Findes, José Carlos Bergamin, embora as vendas no Estado ainda não alcancem o patamar ideal, os resultados foram melhores que os previstos anteriormente.

“Há setores que tiveram bom desempenho em nível nacional, mas para os quais não produzimos tanto, como o setor automotivo. Mas diversos segmentos estão fortalecidos, como a indústria da construção civil, utilidades domésticas e móveis, por exemplo.”

O secretário de Desenvolvimento do Estado, Marcos Kneip Navarro, destacou que as vendas de minério de ferro e celulose também começaram a reagir. “O que as indústrias produzem estão vendendo.”

Auxílio

O maior desafio enfrentado pelas empresas a princípio foi a dificuldade de prever a duração e a intensidade da crise.

“Isso nos colocou pânico. Muitas empresas deram férias coletivas logo no início; outras, infelizmente, demitiram. Quando o governo liberou suspender contratos e reduzir jornada, pudemos nos programar melhor, e já não prevemos um cenário tão dramático”, explicou o vice-presidente da Findes, José Carlos Bergamin.

Além da manutenção de empregos e renda, os auxílios disponibilizados pelo governo também minimizaram o impacto da crise. Já foram injetados R$ 2,2 bilhões na economia capixaba com o pagamento do auxílio emergencial, segundo o Ministério da Cidadania.

“Essa maior circulação de renda acelera a retomada econômica e o apetite pelo consumo”, explicou a economista e planejadora financeira Cecília Perini.

Ela frisou que um crescimento mais consistente depende da confiança de empresários e investidores. “Para ganhar essa confiança, é preciso que a agenda de reformas continue acontecendo e a curva de contágio diminua também.”


Detalhes


Setores que estão apresentando melhoras

Alguns segmentos já estão se recuperando – ou, em alguns casos, foram pouco afetados – da crise provocada pelo novo coronavírus.

São eles:

  • Minério de ferro;
  • Celulose;
  • Construção civil;
  • Móveis;
  • Utilidades domésticas (incluindo panelas, utensílios, roupas de cama, entre outros);
  • Tecnologia;
  • Setor automotivo;
  • Varejo ampliado;
  • Produção de café;
  • Alimentos in natura.

Fonte: Secretário de Estado de Desenvolvimento, Marcos Kneip Navarro; vice-presidente da Findes, José Carlos Bergamin.

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