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Economia

Pesquisa: flexibilidade de horários e autonomia para decisões são primordiais

Para os jovens, o salário não é exatamente a maior prioridade na hora de tomar uma decisão quanto ao emprego


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Imagem ilustrativa da imagem Pesquisa: flexibilidade de horários e autonomia para decisões são primordiais
Elcio disse que a nova geração não quer liderança, pois prefere a satisfação e o bem-estar pessoal: busca por estabilidade |  Foto: Divulgação/Assessoria

Apesar de importante, o salário não é exatamente a maior prioridade para os jovens na hora de tomar uma decisão quanto ao emprego. A flexibilidade de horários e a autonomia para tomar decisões foram colocadas por eles no topo dos pontos mais importantes.

Dos participantes da pesquisa da UVV, 33% destacaram como primordial a chance de se ter autonomia e emplacar seus próprios projetos, seguidos de 20,8% que tem como prioridade a possibilidade de ascensão na empresa e 20,2% que priorizam a qualidade de vida, tempo livre e flexibilidade de horários.

“Estamos falando de uma geração que não tem como foco ser liderança nas empresas, porque busca a satisfação e o bem-estar pessoal. Então ter a possibilidade de fazer seus projetos pessoais e ter os fins de semana livres, aliados à estabilidade profissional e financeira, acabam importando mais do que ganhar um salário muito alto”, afirma o CEO da Heach RH, Elcio Paulo Teixeira.

Apenas 14,3% dos entrevistados disse priorizar o valor do salário, enquanto os 11,6% restantes citaram como prioridade a proximidade de sua residência.

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“O jovem quer uma remuneração competitiva, mas não necessariamente quer ganhar alto e ter de trabalhar em jornadas longas e alto nível de responsabilidade. Flexibilidade e autonomia são o grande desejo dessa geração, e o setor público oferece isso com maior frequência, por meio de licenças e horários definidos”, completa Teixeira.

A mesma conclusão foi alcançada pelo relatório Tendências de Gestão de Pessoas, realizado pelo Ecossistema Great People & Great Place To Work (GPTW), consultoria global que apoia organizações a obterem melhores resultados em seus negócios.

O estudo ouviu 1.864 empregados de empresas em todo o Brasil, incluindo, principalmente, os setores de tecnologia, indústria e serviços.

A pesquisa do GPTW mostrou que 51,6% dos entrevistados sentem dificuldade ao lidar com colegas de outras idades em um mesmo ambiente de trabalho, sendo a geração Z apontada como a que gera mais desafios.

Para Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais da organização que coordenou a pesquisa, isso se dá, justamente, porque essa geração chega ao mercado de trabalho buscando maior autonomia e flexibilidade, o que cria estereótipos acerca desses jovens, vistos como preguiçosos e impacientes.

Desemprego é melhor que ganhar pouco para 69%

Apesar do salário não ser a prioridade na busca de emprego, a remuneração não deixa ter a sua importância: 69% dos entrevistados relatou que não aceitaria receber um salário mínimo (hoje de R$ 1.412,00) ou menos, mesmo se estivesse desempregado.

Já 25,9% disseram que aceitariam trabalhar recebendo a partir de R$ 3 mil, porque conseguiria obter valores menores atuando por conta própria. Outros 23,2% relataram que não trabalhariam por menos de R$ 2 mil mensais.

Já 20,2% foram mais exigentes: só abririam mão de sua liberdade e flexibilidade se recebessem mais de R$ 4 mil. Só 20,8% aceitariam ganhar um salário mínimo se estivessem desempregados. Os 9,8% restantes aceitariam ganhar até menos do que um salário mínimo para sair do desemprego.

“Um jovem que vai para a universidade, se forma, e depois vê ofertas de um salário mínimo, um salário mínimo e meio. Não é possível que uma empresa queira oferecer um salário tão degradante para um jovem que se esforçou tanto para entrar no mercado de trabalho”, apontou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

O estudo Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras, realizado com jovens de 14 a 29 anos, aponta que dois terços desse público recebem até um salário mínimo no primeiro emprego.

Estágio volta a ser atraente ao olhar da nova geração

Quase 70% dos jovens quer estagiar por considerar a experiência essencial para seu crescimento profissional, revelou a pesquisa da EJUVV.

A diretora da Center RH Eliana Machado afirma que o estágio é a porta de entrada para o mercado de trabalho, uma vez que existe a possibilidade de contratação. “É a oportunidade que o estudante tem de estar conhecendo a sua área de atuação. Vivenciar esse momento do estágio é ter certeza se é realmente a profissão que deseja”.

Há casos em que o estágio serve sustento da família do jovem, segundo estudo publicado em dezembro pela CIEE: 10% dos jovens dizem ser os únicos responsáveis pelo sustento de casa no Brasil, e 8% auxiliam nas despesas do lar. Desses, 48% têm renda familiar de até R$ 2.824.

Cada vez mais cedo

O desejo de conseguir um cargo público tem começado entre os jovens até mesmo antes da maioridade. Aos 17 anos, o estudante Estevão Vieira Costa conta que a flexibilidade dos horários, a estabilidade e os salários atrativos o motivaram a estudar para concursos.

“Tenho maior interesse pela área policial, mas estou buscando oportunidades neste segmento. Pretendo fazer o próximo concurso dos Correios, por exemplo. Tenho amigos concursados e já tive a oportunidade de conversar com eles sobre essa autonomia maior que eles têm com relação a horários”.

RETRATO DA GERAÇÃO

Sem interesse em ser líder

Especialistas em Recursos Humanos destacam que um dos pontos que influencia a escolha dos jovens pelo setor público é a possibilidade de salários mais altos do que a iniciativa privada em cargos que não são de liderança.

Isso ocorre, segundo os especialistas, por conta da falta de vontade da nova geração de profissionais de assumir postos de chefia, por não querer atuar em jornadas longas e que reduzam seu tempo livre.

Progredir, e não gerenciar

Uma pesquisa recente apontou que 72% dos jovens nessa faixa etária preferem progredir em um cargo, em vez de se tornar um gerente intermediário.

O estudo foi realizado pela empresa de recrutamento Robert Walters e entrevistou 3,6 mil jovens da geração Z. O objetivo era entender como as pessoas dessa geração lidam com as aspirações profissionais para que os recrutadores consigam “captar” seus talentos e habilidades.

O resultado confirmou que a geração Z está “deliberadamente evitando os estressantes cargos de gestão intermediária”. Conforme a pesquisa, 16% afirmaram que evitariam a todo custo esse tipo de ocupação.

Além disso, 36% dos entrevistados esperam assumir uma posição de liderança em algum momento de suas carreiras, mas, na verdade, não querem fazer isso.

Desejo por autonomia

A empresa ainda descobriu que a geração Z prefere “ser seu próprio chefe”, mas isso não significa que não queiram alcançar sucesso profissional. Segundo os entrevistados, eles apenas não querem assumir a responsabilidade de gerenciar ou liderar outros por diversos motivos.

“Muito estresse e pouca recompensa. Os gestores intermediários enfrentam um aumento considerável na carga de trabalho, maiores expectativas de estarem ‘sempre disponíveis’ para quem supervisionam e uma pressão constante para alcançar seus próprios objetivos”, explicou Lucy Bisset, diretora da empresa, na publicação dos resultados da pesquisa.

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