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Economia

Novas ferrovias para ligar o ES ao Centro-Oeste

Petrocity prevê para o próximo ano o início das obras, incluindo 2 vias férreas no Estado, com criação de 19.500 empregos no País


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A Petrocity Ferrovias anunciou a construção de 2.160 km de malha ferroviária ligando o Norte do Espírito Santo a Minas Gerais e ao Centro-Oeste, no Distrito Federal e em Goiás. A previsão de início das obras é para 2026, com pico de 19.500 empregos em todos os estados.

Os detalhes foram apresentados em audiência pública nessa quarta-feira (15) no Palácio Anchieta, em Vitória. A Petrocity obteve do governo federal a concessão para construir e operar quatro ferrovias — sendo duas passando por municípios capixabas — que serão interligadas formando o Corredor Centro-Leste.

A Estrada de Ferro Juscelino Kubitchek (EF-030) passará por São Mateus, Jaguaré, Nova Venécia, Barra de São Francisco, Água Doce do Norte e Ecoporanga, enquanto a Estrada de Ferro Minas-Espírito Santo (EF-465) terá trecho em Barra de São Francisco.

Elas serão usadas no transporte de carga geral para exportação, como café, rochas, madeira, minério, celulose e granéis. Para importação, serão transportados fertilizantes, diesel e contêineres.

Segundo o presidente do Grupo Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, as desapropriações vão começar em março, e a expectativa é conseguir a licença prévia até novembro de 2026, com operações a partir de outubro de 2031. Segundo ele, o investimento total é de R$ 23,4 bilhões. Ele destacou ajuda com os incentivos do Estado.

O governador Renato Casagrande disse que o Estado é porta de entrada de produtos do mundo para o Brasil e vice-versa, e que investimentos a exemplo dessas ferrovias dão mais competitividade. “A cada ano, vamos reduzindo os gargalos, as dificuldades, as barreiras para que a gente possa tornar um Estado mais eficiente”, disse.

O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Ricardo Ferraço afirmou que é um projeto privado muito importante para o Estado, e que o governo está lado a lado dos empreendedores. “O projeto conecta o Estado com o Brasil central, melhora a competitividade, com mais emprego e renda”.

A audiência, solicitada pelo prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos, teve presença do presidente da Frente Parlamentar Mista das Ferrovias Autorizadas, senador Zequinha Marinho ((Podemos-PA). Ele disse que a lei que autoriza esse modelo de autorização é muito recente, de 2021. “O outro é na base da concessão, mais burocrática, com licitação.”

SAIBA MAIS

As ferrovias da Petrocity

> O complexo ferroviário da Petrocity Ferrovias está sendo apresentado ao Brasil como Corredor Centro-Leste, nas regras do novo marco ferroviário brasileiro: EF-030 – Barra de São Francisco-Brasília; EF-355 – Brasília-Mara Rosa (GO); EF-456 – São Mateus-Barra de São Francisco-Ipatinga; EF-A20 – Corumbá de Goiás-Anápolis.

> Em Mara Rosa, a malha da Petrocity se conectará ao grid ferroviário brasileiro, por meio da Ferrovia Norte-Sul, que liga portos de Itaqui (MA) a Santos (SP).

Empregos

> A mão de obra das obras das quatro ferrovias é estimada em 19.500 empregos diretos e 3.910 indiretos no pico. Já o número de trabalhadores na operação de todas as quatro ferrovias será de 1.787, somando gerentes, supervisores, operacional e administrativo.

Usina termelétrica

> No terminal de Urussuquara está previsto uma usina termoelétrica com investimento será de R$ 5 bilhões. O projeto prevê uma potência de 1.84 gigawatts. A usina contará com terminal para recebimento e regaseificação de gás natural liquefeito (GNL).

Cronograma

> A previsão é que a licença prévia seja concedida em novembro de 2026, com início das operações em outubro de 2031.

Fonte: Petrocity.

Transporte de passageiros

As ferrovias poderão no futuro ser em utilizadas para o transporte de passageiros. Após o início da operação das ferrovias, em 2031, o presidente do Grupo Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, disse que podem ser feitos estudos para viabilizar essa ideia.

O projeto foi desenvolvido eventualmente, focado em cargas. Todos os estudos de viabilidade vêm na realidade da movimentação de cargas, explicou.

“Mas isso não impede do futuro estarmos avançados para o transporte de passageiros. Até porque nós temos uma infraestrutura idealizada que está focada em transporte de passageiros no futuro”, disse.

Segundo ele, dentro de cada uma das unidades de transporte – os 11 portos secos –, a Petrocity, a partir do início da operação, estudará de que forma pode efetivamente inserir também o transporte de passageiros.

“Então nós poderíamos estar fazendo transporte de passageiros de Brasília para São Mateus, de Brasília para Governador Valadares. De Valadares para Mara Rosa, de Mara Rosa para Anápolis”, disse, durante a audiência pública.

Mão de obra

Também foi falado sobre a formação de mão de obra para trabalhar nas obras e na operação das ferrovias. “Tem conversas com universidades no Vale do Jequitinhonha, no Vale do Mucuri e Teófilo Otoni (todos locais em Minas Gerais). O Enivaldo já conversou com o Ifes (Instituto Federal do Espírito Santo) de Barra de São Francisco também”, disse o presidente do Grupo Petrocity.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Findes), Paulo Baraona citou também o Senai de São Mateus como instituição para formar profissionais.

Ligação com nova estrada até o Rio é possibilidade

As ferrovias da Petrocity que formam o Corredor Centro-Leste podem ter ligação com a Estrada de Ferro Vitória a Minas, e assim, sendo conectadas com a EF-118, que irá até o Porto de Açu, em São João da Barra (RJ).

A Petrocity Ferrovias fará conexão direta de suas ferrovias com o Terminal de Uso Privativo (TUP) de Urussuquara, pertencente à Petrocity Portos, em São Mateus.

Mas poderá alcançar, também, outros portos do Espírito Santo, a partir da integração com a Estrada de Ferro Vitória-Minas, em Governador Valadares (MG), explicou o presidente do Grupo Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva.

“Nosso objetivo é fazer integração com a ferrovia de Caravelas (BA), mas também buscar uma possibilidade de integrar a Vitória à Minas, fortalecendo o Arco Leste, transformando a logística de transporte do Estado, Sul da Bahia e Norte do Rio de Janeiro”, disse.

O Arco Leste terá um conceito multimodal, com os portos de Caravelas, São Mateus (Petrocity), Aracruz (Imetame, Portocel e ViPort, em Barra do Riacho), Praia Mole, Tubarão, Vila Velha e Vitória, Ubu (Anchieta), Porto Central (Presidente Kennedy) e Açu (RJ).

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