Lojas, serviços e construtoras lideram em criação de empregos no Espírito Santo

| 24/01/2020, 19:46 19:46 h | Atualizado em 24/01/2020, 19:50

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2019-10/372x236/vagas-de-emprego-2e44ba154433530e8153155b801491fa/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2019-10%2Fvagas-de-emprego-2e44ba154433530e8153155b801491fa.jpg%3Fxid%3D105791&xid=105791 600w, Carteira de trabalho: média salarial das vagas formais criadas no País em agosto foi de R$ 1.619,45

O Espírito Santo criou 19.537 empregos formais em 2019, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, divulgado hoje. Segundo o ministério, é o melhor desempenho na criação de vagas desde 2013. O Estado criou 5,3 mil empregos a mais do que em 2018, quando foram preenchidas 14,2 mil vagas.

Os setores de serviços, com 11.018 contratações, comércio, com 4.661 e construção civil, com 1.491 empregos criados foram os que mais preencheram vagas no último ano no Estado, seguindo a tendência nacional, que também apontou crescimento nestes setores. O saldo de 19,5 mil empregados é resultado da diferença entre o número de admissões e demissões no Estado.

Entre os municípios, Vila Velha foi o que mais preencheu vagas em 2019: foram abertas 3.856 oportunidades no ano. Vitória (3.750), Cariacica (1.829) e Serra (1.742) vieram em seguida no saldo entre admissões e demissões.

Entre as cidades que terminaram o ano com saldo negativo está Aracruz, que foi o município que mais fechou vagas, com 1.546 empregos a menos. Entre os fatores que podem ter contribuído, está o fim da construção da plataforma P-68, da Petrobras, que foi entregue em setembro pelo estaleiro Jurong de Aracruz. Os municípios de Itapemirim (-196) e Viana (-79) também fecharam o ano com saldo negativo.

Retomada

Para o diretor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Carlos Bergamin, o aumento de vagas nos setores de serviços e comércio reflete uma retomada do consumo frente à pequena recuperação da economia.

“Quando a dificuldade financeira da família se estabelece, as pessoas deixam de comprar. O comércio foi o setor que mais perdeu empregos quando a crise bateu. Mas esse crescimento mostra que as famílias se reorientaram economicamente, e estão voltando a contratar os serviços que deixaram de usar pela crise”, avaliou Bergamin.

Segundo ele, a retomada de investimentos no Estado também movimentou os setores de comércio e serviços no último ano, e a expectativa é que em 2020 haja um crescimento de 30% nas vagas. “Com a economia crescendo só 1% já recuperamos muito emprego, então temos neste ano a expectativa de recuperar em 30%”, disse o diretor.

No setor da construção civil, a expectativa também é de crescimento, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-ES), Paulo Baraona. “Em relação ao último ano, a expectativa é de que em 2020 devemos recuperar 3 mil postos de trabalho diretos”, disse Paulo.
 

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