Governo vai privatizar a Codesa no ano que vem

| 03/07/2020, 16:57 16:57 h | Atualizado em 03/07/2020, 17:21

O governo federal anunciou que pretende desestatizar a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) junto de outras 11 estatais em 2021. O leilão deve acontecer até o fim de junho do ano que vem e pode incluir outras privatizações, a depender da crise do coronavírus.

A informação foi confirmada pelo secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, e inclui empresas como a Eletrobras, Correios, Telebras, Dataprev, Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), entre outros.

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Os planos seguem o cronograma do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Sem termos uma previsão de até quando a crise do coronavírus vai acontecer, não conseguimos fazer uma revisão sobre a venda de ativos. A expectativa é de retomada em 2021”, afirmou.

Segundo Mattar, ainda não há expectativa de quando o governo federal deve fazer a revisão das metas de privatizações para 2020. O planejamento contava com a venda de 300 ativos e cerca de R$ 150 bilhões ainda neste ano. A média prevista para desestatização é de 43 meses.

Em março, durante visita ao Estado, o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas falou sobre a intenção da Codesa iniciar o processo de leilões portuários no Brasil.

“A partir da experiência no Espírito Santo, vamos partir para os portos de Santos e São Sebastião”.

O presidente do Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), Ernani Pereira Pinto, explica que a categoria vê de forma preocupante a intenção de privatização da companhia. Segundo ele, a empresa conta atualmente com cerca de 300 funcionários diretos, além de outros 60 que ocupam cargos comissionados.

“A privatização será temerária, não é só em relação à cadeia de trabalhadores que atua no porto, mas para os municipios de Vitória e Vila Velha, que arrecadam bastante com o porto. Hoje a orla portuária atende do pequeno ao grande importador, segmentando o interesse público para entes privados”, diz.

De janeiro a abril, a Codesa acumula uma queda de 8,95% na movimentação de cargas e baixa de 4,5% no transporte de contêineres.

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