Federal apura fraudes em financiamento em 3 cidades capixabas

| 08/10/2020, 16:10 16:10 h | Atualizado em 08/10/2020, 16:55

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-10/372x236/policia-federal-apura-fraudes-em-financiamento-em-3-cidades-capixabas-60c21f01d2fa89a300f0364fd738c87c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-10%2Fpolicia-federal-apura-fraudes-em-financiamento-em-3-cidades-capixabas-60c21f01d2fa89a300f0364fd738c87c.jpeg%3Fxid%3D144963&xid=144963 600w, Policiais recolheram equipamentos e documentos na Operação Apanha
A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (8) uma operação em Mimoso do Sul, Apiacá e Alegre, no Sul do Estado, para investigar fraudes na obtenção de financiamento por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do governo federal.

Ao todo, foram cumpridos na operação, denominada Apanha, oito mandados de busca e apreensão nos três municípios, com a obtenção de documentos, mídias e equipamentos, como discos rígidos, celulares e pendrives, cujo conteúdo será extraído para análise.

Segundo a Polícia Federal, os investigados estariam burlando o Pronaf, um programa do governo federal que visa fortalecer a agricultura familiar e oferece financiamento com juros bem abaixo de um empréstimo bancário comum.

A fraude, segundo o órgão, envolveria proprietários rurais, empresas de implementos agrícolas, como máquinas, equipamentos e mudas vegetais, e empresas de assessoria técnica.

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De acordo com a PF, muitos financiamentos realizados pelo Pronaf são intermediados por empresas que fornecem assessoria técnica ao agricultor, auxiliando na elaboração do projeto e na obtenção de documentos.

Entretanto, no esquema, após serem liberados os recursos pela instituição financeira, era emitida uma nota fiscal “fria”, ou seja, sem que de fato a mercadoria tenha sido entregue, pelas empresas de implemento agrícola e de mudas, que serviriam para comprovação dos gastos.

Pelo “serviço”, a empresa emissora da nota fiscal e a firma de assessoria técnica recebiam parte do valor do financiamento e o proprietário rural utilizava o dinheiro para outras finalidades que não a produção rural.

O nome da operação, Apanha, segundo a Polícia Federal, é uma alusão ao trabalho de combate.

Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de obtenção de financiamento mediante fraude e aplicação indevida de recursos e de associação criminosa, com penas que podem chegar a seis anos de prisão por cada crime.

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