X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Dólar opera próximo da estabilidade em dia de posse de Trump

Republicano assume a Casa Branca nesta tarde, e a expectativa do mercado é sobre a política tarifária do novo governo


Ouvir

Escute essa reportagem

O dólar iniciou a segunda-feira (20) próximo da estabilidade, com os investidores à espera da posse de Donald Trump como presidente dos EUA, que será nesta tarde, e também com a realização de dois leilões de dólares no Brasil, que oferecerão US$ 2 bilhões ao mercado.

Às 9h06, o dólar à vista subia 0,06%, cotada a R$ 6,0689. Na sexta-feira (17), o dólar subiu 0,16%, cotado a R$ 6,064, e a Bolsa teve forte alta de 0,92%, aos 122.350 pontos.

O leilão de dólares, o primeira do tipo sob o comando de Gabriel Galípolo, ocorrerá sob a modalidade chamada leilão de linha, quando o BC vende reservas internacionais no mercado à vista, mas com o compromisso de recompra em um prazo determinado.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (17), o BC afirmou que as propostas serão acolhidas das 10h20 às 10h25 de segunda para o primeiro e das 10h40 às 10h45 para o segundo. As operações de venda da autarquia serão liquidadas na quarta-feira (22) e as operações de compra, em 4 de novembro e 2 de dezembro, respectivamente.

A sessão de sexta-feira foi marcada pela expectativa pela posse de Trump e por falas do ministro Fernando Haddad (Fazenda) em entrevista à CNN Brasil.

O republicano assume a Casa Branca nesta tarde, e a expectativa do mercado é sobre a política tarifária do novo governo em relação às demais economias globais.

Enquanto ainda era candidato, Trump prometeu aplicar tarifas de 10% sobre as importações globais, além de outras de 60% para chinesas e de 25% para canadenses e mexicanas. Segundo especialistas em comércio, as medidas afetariam os fluxos comerciais, aumentariam custos e provocariam retaliações.

O indicado de Trump para o comando do Departamento do Tesouro, Scott Bessent, foi ouvido pelo Senado na quinta-feira. A expectativa de analistas é que ele, um veterano de Wall Street, leve uma abordagem mais cautelosa para as políticas do novo governo.

Bessent defendeu que o dólar continue sendo a moeda de reserva global e argumentou que a implementação de tarifas poderia ser um meio para se combater práticas comerciais injustas no exterior e uma ferramenta de negociação.

Mas o principal temor do mercado em relação à política tarifária de Trump é sobre o efeito na economia doméstica dos Estados Unidos.

As tarifas têm potencial inflacionário, o que pode comprometer a briga do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados. E, quanto mais altos os juros por lá, melhor para o dólar, que se torna mais atraente conforme os rendimentos dos títulos ligados ao Tesouro dos EUA crescem.

O Fed, na última reunião de política monetária, em dezembro, sinalizou a possibilidade de uma interrupção no ciclo de afrouxamento. A taxa hoje está na banda de 4,25% e 4,5%, depois de três cortes em 2024 que somaram 1 p.p.

Na quarta-feira, dados de inflação indicaram uma desaceleração nos preços ao consumidor em dezembro, o que aproxima a autoridade monetária da meta de 2%. Ainda assim, há um consenso entre os operadores de que o Fed manterá as taxas de juros inalteradas na reunião deste mês, entre 28 e 29 de janeiro.

A probabilidade de uma manutenção marca 99,5% na ferramenta CME Fed Watch, e os 0,5% restantes precificam um novo corte de 0,25 p.p.

"Continuamos vendo o dólar como fundamentalmente supervalorizado, mas, pelo menos no curto prazo, é difícil encontrar catalisadores que façam com que o dólar se enfraqueça", disse Brian Rose, economista sênior do UBS Global Wealth Management.

A China também foi destaque. A segunda maior economia do mundo apresentou uma expansão acima do esperado no quarto trimestre do ano passado e atingiu a meta de crescimento do governo de 5% para 2024.

O resultado foi creditado à "introdução oportuna do pacote de políticas de apoio" no final do ano, que levou o crescimento do último trimestre a 5,4%. Outros dados divulgados apontam que o crescimento industrial em 2024 foi de 6,2% e que as vendas no varejo aumentaram 3,7% em dezembro, acima das estimativas de mercado.

O dado deu impulso às ações da Vale no Ibovespa, que subiram % na esteira da valorização do minério de ferro na Bolsa de Dalian.

Por aqui, o destaque foi a entrevista do ministro Fernando Haddad à CNN Brasil.

O chefe da ala econômica do governo disse não enxergar um cenário de dominância fiscal no momento —termo usado para quando o BC (Banco Central) perde o controle sobre a trajetória da inflação em razão de uma forte expansão dos gastos públicos.

Segundo Haddad, a política monetária terá efeitos sobre a inflação muito maiores do que o esperado. Ele também afirmou que dólar a R$ 6 é caro, considerando os fundamentos do país, e que a cotação mais adequada para a moeda seria em torno de R$ 5,70.

Além disso, o ministro disse que é preciso criar condições necessárias para que os juros, hoje em 12,25% ao ano, não fiquem em um patamar elevado por muito tempo, e que a atual trajetória da dívida pública preocupa o governo.

Em dezembro, o Tesouro Nacional projetou que a dívida bruta do Brasil pode atingir um pico de 83,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2028, caso o Executivo falhe em aprovar novas medidas de arrecadação. Mas os números podem estar subestimados, já que consideram uma taxa de juros menor do que a atual. Nas expectativas de mercado, o endividamento ultrapassa 90% do PIB em 2029, sem horizonte de queda.

A piora na trajetória da dívida acendeu o alerta para a equipe econômica. Mas, dentro do governo, há a percepção de que resistências políticas a medidas adicionais de revisão de gastos ou aumento de receitas serão um obstáculo.

"No que diz respeito à Fazenda, é trabalhar o fiscal estruturalmente", disse Haddad, quando questionado sobre como pretende tratar o endividamento público ascendente.

A equipe econômica já sabe que precisará buscar novas receitas para fechar o Orçamento de 2025 —um debate que enfrenta resistência no Legislativo e ficou ainda mais delicado após a recente onda de fake news sobre taxação do Pix, desmentida pelo governo Lula.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: