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Economia

Dólar fecha a R$ 5,91 e Bolsa ultrapassa 124 mil pontos com tarifas de Trump

Houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dólar em 2025 e 2026


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Imagem ilustrativa da imagem Dólar fecha a R$ 5,91 e Bolsa ultrapassa 124 mil pontos com tarifas de Trump
Dólar fecha a R$ 5,91 e Bolsa ultrapassa 124 mil pontos com tarifas de Trump |  Foto: Divulgação

O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (27) com queda de 0,08%, cotado a R$ 5,912, após investidores repercutirem a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas de importação. As notícias sobre o progresso da inteligência artificial na China também movimentaram os mercados globais.

Já a Bolsa terminou acima dos 124 mil pontos pela primeira vez no ano, com alta de 1,97%, aos 124.861 pontos, tendo abandonado a fraqueza da abertura, quando cedeu a 122.206 pontos. É a maior pontuação da Bolsa desde 17 de dezembro, quando fechou aos 124.698 pontos.

Além disso, os analistas aguardam a 'superquarta', quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciarão a nova taxa de juros. O BCE (Banco Central Europeu) divulga a sua decisão na quinta-feira (30).

A perspectiva é diferente em cada um dos mercados. No Brasil, o próprio BC já indicou que deve subir a Selic em um ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano. Nos EUA, os analistas preveem que o banco central americano manterá a taxa entre 4,25% e 4,5%, enquanto os europeus esperam uma queda de 0,25 ponto percentual.

O boletim Focus também mostrou piora nas expectativas para a inflação no Brasil neste e no próximo ano, com economistas elevando previsões para a Selic em 2026.

Com a agenda doméstica esvaziada em razão do recesso parlamentar do Congresso Nacional, o que tem movido os mercados neste período são as notícias externas, principalmente as perspectivas econômicas para o segundo mandato do presidente de Trump na Casa Branca.

Em mais um episódio envolvendo tarifas, os agentes financeiros iniciaram a sessão desta segunda avaliando o impasse entre os EUA e a Colômbia, que quase resultou em uma guerra comercial no domingo (26). Às 9h15, pouco depois da abertura, o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$ 5,955, mas o movimento não se sustentou.

Apesar de terem chegado a um acordo, o episódio entre os dois países seguiu reverberando no mercado ao longo da sessão do dia.

A ameaça de Trump de impor tarifas alfandegárias de 25% sobre produtos colombianos sinalizou aos investidores que o presidente pode adotar uma postura mais rígida em sua política comercial para proteger os interesses americanos, gerando incertezas sobre possíveis medidas futuras nesse sentido.

O conflito começou após o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se recusar a aceitar dois voos militares dos EUA transportando deportados colombianos.

A decisão de Petro veio após o caso dos brasileiros que chegaram algemados ao país, acusando agentes de imigração americanos de agressão e tratamento degradante.

Diante da retaliação dos Estados Unidos, a Colômbia recuou e concordou em receber os voos. Como resultado, a Casa Branca desistiu de sobretaxar os produtos colombianos.

"A imposição de tarifas provavelmente foi apenas postergada, e não cancelada. A ameaça à Colômbia reforça a imprevisibilidade de Trump e a ideia de que ainda é cedo para os mercados retomarem a busca definitiva por risco", disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Na cena internacional, o principal gatilho para as negociações globais foi a notícia de que o aplicativo de inteligência artificial da chinesa DeepSeek saltou para o primeiro lugar na lista de downloads das lojas da Apple dos Estados Unidos e também da China, colocando em dúvida a liderança dos EUA no setor.

A ferramenta chinesa usa chips de menor custo e menos dados, desafiando a ideia predominante de que apenas as maiores empresas da indústria de tecnologia -todas baseadas nos Estados Unidos- poderiam criar os sistemas de IA mais avançados.

Diante disso, as ações de gigantes americanas de tecnologia despencaram. Cálculos feitos pelo jornal Financial Times e pela agência de notícias Bloomberg apontam que a perda atingiu US$ 1 trilhão em valor de mercado apenas nesta segunda-feira.

A fabricante de chips Nvidia caía 6,9% nas negociações de pré-abertura do mercado americano, enquanto os fabricantes de chips AMD e Micron Technology recuavam 3,7% e 6,4%, respectivamente. A Microsoft e a Meta caíam 3,3% cada. Ambas divulgarão resultados trimestrais nesta semana, junto da Apple, que tinha baixa de 1,4%. A Alphabet, controladora do Google, perdia 3,2%.

As ações europeias de tecnologia também caíram após impulso da China em IA.

"O sucesso da DeepSeek é um alerta e um ponto de interrogação sobre quanto precisa ser gasto para construir um modelo e se o nível de investimento que temos visto é realmente necessário", disse Ben Barringer, analista de tecnologia da Guilter Cheviot.

A Bolsa brasileira ia na contramão da queda expressiva no mercado acionário em Nova York, uma vez que o Ibovespa tem poucas ações de empresas de tecnologia, não acompanhando as bolsas norte-americanas.

As ações da WEG chegaram a desabar mais de 8%. Foi o pior desempenho da Bolsa na sessão do dia, após seis altas seguidas, período em acumulou uma valorização de quase 8%.

O movimento ocorre porque a IA chinesa demanda menos computadores e data centers potentes. Com isso, empresas que vendem equipamentos ligados à eletricidade, como a Weg, tendem a ser penalizadas com o impulso dessa tecnologia.

Na cena doméstica, analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma taxa Selic mais alta ao fim do próximo ano, elevando também suas projeções para a inflação em 2025 e 2026, de acordo com o boletim Focus divulgada nesta segunda.

O levantamento mostrou que a expectativa para a taxa básica de juros agora é de 12,50% ao fim do próximo ano, de 12,25% na semana anterior. Para 2025, a projeção de 15% foi mantida.

A Selic está atualmente em 12,25% ao ano, após o BC acelerar o aperto no mês passado ao elevar a taxa de juros em 1 ponto percentual.

A autarquia também sinalizou que realizará mais dois aumentos da mesma magnitude nas duas primeiras reuniões do ano. A próxima decisão será anunciada na quarta-feira (29).

O boletim mostrou ainda um aumento na projeção para a inflação neste ano e no próximo. A mediana das expectativas para o IPCA em 2025 agora é de alta de 5,50%, de 5,08% na semana anterior.

Para o fim de 2026, a projeção para a inflação é de 4,22%, de 4,10% há uma semana.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dólar em 2025 e 2026, com as projeções indicando que a moeda norte-americana encerrará este ano e o próximo em R$ 6.

Sobre o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 2,06% neste ano, ligeiramente acima da projeção de 2,04% da semana anterior. Em 2026, a expectativa é de que a expansão seja de 1,72%, uma queda em relação à taxa de 1,77% prevista no boletim anterior.

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