Cooperativas anunciam novos investimentos no Estado

| 04/07/2020, 20:44 20:44 h | Atualizado em 04/07/2020, 20:49

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/parque-industrial-da-cooperativa-de-laticinios-selita-3743365f9f825e63278234413f32e1aa/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fparque-industrial-da-cooperativa-de-laticinios-selita-3743365f9f825e63278234413f32e1aa.jpeg%3Fxid%3D130415&xid=130415 600w, Parque industrial da Cooperativa de Laticínios Selita: 60% das obras concluídas na BR-101, em Cachoeiro

Neste sábado (4), o Dia Internacional do Cooperativismo, novos investimentos são anunciados e prometem movimentar a economia do Estado e melhorar a rentabilidade dos cooperados. Um deles é um novo parque industrial, a ser inaugurado no início de 2021 pela Cooperativa de Laticínios Selita, aumentando a renda de ao menos 1.800 associados, sobretudo pequenos produtores.

A nova estrutura está sendo construída no Km 413 da BR-101, na região de Safra, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, e terá capacidade de captar até 800 mil de litros de leite por dia. Atualmente, essa capacidade é de 300 mil litros diários. Ou seja, o produtor poderá aumentar a produção de matéria-prima porque terá para onde escoá-la.

Além disso, a nova indústria contará com equipamentos de última geração, diminuindo processos e energia, ganhando ainda em armazenamento. A reportagem apurou que 60% das obras já estão concluídas, com 27 mil metros quadrados de área, num investimento de R$ 70 milhões.

“Com uma nova indústria, moderna e sustentável, os cooperados terão uma melhor remuneração e vão poder aumentar seus investimentos nas propriedades”, disse Leonardo Monteiro, presidente da cooperativa.

Parte desse futuro ganho explica-se pelo fato de que os cooperados, além de terem participação nas sobras (ganhos da cooperativa, excluindo os gastos, por exemplo, dividido com todos - como um 13º salário), recebem incentivos.

Entre eles estão treinamentos de manejo e gestão, melhoramento genético, acompanhamento técnico, auxílio na formação de capineiras (plantação de capim), convênios com plano de saúde, cartão vale compra e uma farmácia veterinária com condições especiais.

A Selita, que atualmente possui um portfólio com mais de 70 produtos, deve aumentar esse leque, que está desenvolvendo.

Distribuição

Já no Norte do Estado, há previsão de que, este ano, seja inaugurado um Centro de Distribuição de Lácteos em Nova Venécia. O investimento, de R$ 2,5 milhões, é da Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi). O objetivo é aumentar a capacidade de armazenamento de produtos.

Juros mais baixos durante a pandemia

Durante a pandemia da Covid-19, em um momento de mercado sufocado, as condições de empréstimos para cooperados ganharam contornos de sobrevida. Na Unicred, por exemplo, as taxas de juros podem partir de 0,45% ao mês. As carências, que variam de negociação para negociação, podem chegar a 180 dias (seis meses).

“No atual cenário, a Unicred repactuou as operações dos cooperados, prorrogando vencimentos por até 180 dias, com as mesmas taxas e condições. Temos cooperados que vão voltar a pagar só no ano que vem, por exemplo”, afirma o diretor de negócios e estratégia da Unicred, Alberto Jardim.

Além disso, foram lançadas duas linhas de crédito para pessoa física, de até R$ 50 mil, para começar a pagar a primeira parcela a partir do quarto mês. “E para pessoa jurídica, até R$ 150 mil, também no contexto da pandemia da Covid-19, com 90 dias de carência, começando a pagar no mês subsequente”, destaca.


Ele explica que a situação do cooperado é analisada sem pré-julgamento das condições de crédito. “Seguimos a premissa da isonomia que pede o cooperativismo. Eles são analisados da mesma forma, com os mesmos critérios. Cada situação é analisada de forma separada, mas de forma mais próxima que nos bancos”.

Hoje, são 2.600 cooperados, unindo Espírito Santo e leste de Minas Gerais.

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