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Economia

Com adiamento de tarifas e desaceleração dos EUA, dólar despenca 2,7%, para R$ 5,75

Esta é a maior queda do dólar, em termos percentuais, desde as eleições de 2022, quando Bolsonaro (PL) foi para o segundo turno com Lula (PT)


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Com adiamento de tarifas e desaceleração dos EUA, dólar despenca 2,7%, para R$ 5,75 |  Foto: Divulgação

O dólar teve forte queda na volta do Carnaval. No pregão desta quarta-feira (5), a moeda americana cedeu 2,70% ante o real, para R$ 5,7555.

Esta é a maior queda do dólar, em termos percentuais, desde as eleições de 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) foi para o segundo turno com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Naquela ocasião, a moeda americana cedeu 4,05%, a R$ 5,1760.

O movimento desta Quarta-Feira de Cinzas acompanha as fortes perdas da divisa norte-americana no exterior em meio a sinais de enfraquecimento da economia americana e ao adiamento de tarifas dos Estados Unidos a montadoras do Canadá e México.

Segundo a Casa Branca, Donald Trump também está aberto a conversar sobre a possibilidade de isentar de outros produtos das tarifas que entraram em vigor na terça.

O recuo do governo americano veio depois que Trump intensificou a guerra comercial global, quando impôs tarifas de 25% sobre Canadá e México, citando controles ineficazes nas fronteiras.

O índice DXY, que mede a força do dólar, recuava 1%, a 104 pontos, ao fim da tarde desta quarta. Em relação ao euro, a moeda dos EUA cai 1,57%, a 0,9263 euro por dólar. No Brasil, o euro subiu 1,28%, a R$ 6,2111.

"Medidas protetivas por parte dos EUA em relação aos países da União Europeia podem trazer riscos inflacionários que já estavam relativamente fora do radar do Banco Central Europeu, o que pode fazer com que o ele tome medidas um pouco mais conservadoras e, por exemplo, pause o ciclo de cortes de juros", diz André Galhardo, consultor econômico da plataforma Remessa Online.

Além da preocupação com a inflação, investidores refletiram a promessa de aumento nos gastos da Alemanha por parte do futuro primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz. Isso fez os títulos de dívida do país se desvalorizarem, enquanto o euro se fortaleceu com a expectativa de uma economia mais forte.

Outro ponto positivo aos ativos de risco é uma pesquisa do ISM (Instituto de Gestão de Fornecimento), que mostrou que a atividade do setor de serviços, que constitui uma grande parte da economia dos EUA, ficou no território de expansão em 53,5, acima da expectativa de 52,6. Mas um aumento no preço dos insumos de serviços atenuou o otimismo.

O Dow Jones subiu 1,14% e o S&P 500, 1,12%, enquanto o Nasdaq Composite avançou 1,46%.

Wall Street, no entanto, abriu estável depois que dados do relatório ADP mostraram que a criação de vagas no setor privado dos EUA aumentou no menor ritmo em sete meses em fevereiro. Foram criados apenas 77 mil novos postos de trabalho, bem abaixo da expectativa do mercado, de 141 mil.

"Ainda vemos um dólar mais forte por conta da tese de que as tarifas dos EUA serão inflacionárias. O que está mudando no cenário é que estamos vendo uma desaceleração da economia norte-americana", afirmou Nicolas Gomes, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

"Com números abaixo do esperado, abre-se espaço para que o Fed reduza os juros em junho e possivelmente realize mais dois cortes no segundo semestre, caso os impactos das tensões comerciais sobre os preços não sejam imediatos ou significativos", afirma Galhardo, da Remessa Online.

Se por um lado as tarifas devem elevar a inflação nos EUA e forçar os juros a ficarem altos por mais tempo, o que em tese favorece a alta do dólar, por outro há uma percepção de desaceleração da atividade no país, que é corroborada pelos juros altos, o que enfraquece a divisa americana.

"Várias medidas de atividade econômica estão apontando para uma desaceleração muito forte nos EUA Isso vai bater inclusive no dólar, com a visão de que eventualmente o Fed vai cortar juros este ano", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, citando o efeito de políticas como cortes fiscais e demissões em massa no setor público.

Segundo analistas, parte dessa desvalorização da moeda americana pode estar relacionada a um possível acordo de paz na Ucrânia. Apesar da discussão entre Volodymyr Zelensky e Trump no Salão Oval no final da última semana, o possível acordo de cessar-fogo permanente pode estar próximo, com a sinalização de que a Ucrânia está disposta a negociar, após pressão dos EUA.

Outro fator positivo para os mercados é o decisão do governo da China de adotar políticas fiscal e monetária mais ativas em 2025 para enfrentar a escalada das tensões comerciais e o enfraquecimento da demanda interna. A meta de crescimento do país foi mantida em "cerca de 5%", como em 2024, mas o governo elevou a meta de déficit fiscal de 3% para 4% do PIB e autorizou governos locais a emitirem títulos públicos no total de US$ 605,6 bilhões.

O pregão desta quarta foi na contramão da última sessão, na sexta-feira (28), que se encerrou com o dólar à vista em alta de 1,50%, a R$ 5,9165 —maior cotação de fechamento desde 24 de janeiro, com a nomeação de Gleisi Hoffmann como a nova ministra da SRI (Secretaria de Relações Institucionais) em foco.

IBOVESPA

O Ibovespa fechou em alta de 0,20%, a 123.047 pontos, com Marfrig e Embraer entre os principais suportes, enquanto Petrobras foi o destaque negativo em meio ao tombo do petróleo no exterior.

A alta do Ibovespa foi puxada pelo salto de 8,79% da Embraer, após um balanço de 2024 positivo, e o anúncio de que a companhia aérea regional americana Mesa Airlines decidiu operar exclusivamente com jatos fabricados pela empresa brasileira.

Outra sustentação do índice é a alta de 7,48% da Marfrig, recuperando-se do tombo de mais de 10% no último pregão, na sexta. Investidores veem um potencial benefício para a empresa após a suspensão da compra de carne de um dos frigoríficos da concorrente JBS pela China.

Já a Petrobras caiu 3,64%, contaminada pelo forte declínio dos preços do petróleo no exterior. O barril do Brent, usado como referência pela estatal, recuou 2,29%, a US$ 69,41, no terceiro dia seguido de queda, em meio a receios com planos da Opep+ de prosseguir com os aumentos de produção em abril. Este é o menor valor da commodity desde setembro.

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