Aeroporto de Guarapari vai ficar um ano fechado
Anac concluiu que o local não oferece a segurança necessária e decidiu suspender as operações de pouso e decolagem na cidade
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As operações de pouso e decolagem no aeródromo de Guarapari vão ficar suspensas por um ano, já que o local será fechado por falta de segurança. A proibição se inicia em fevereiro de 2023, e vai até fevereiro de 2024.
A decisão foi da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O órgão esclareceu que a medida foi aplicada por ausência de manifestação do operador. O aeroporto da cidade é administrado pela prefeitura, e desde abril não respondeu aos questionamentos do órgão, acerca das condições de infraestrutura do espaço.
Entre os pontos avaliados pela Anac sobre a segurança do aeródromo, está a falta de barreiras de proteção no entorno. Em alguns pontos, a cerca de arame que existia foi deteriorada, o que facilita a entrada de pessoas ou animais não autorizados na pista, o que pode provocar colisões com uma aeronave em manobra pela pista.
Além da falta de barreiras, a Anac também constatou a ausência de balizamento inoperante e defeitos críticos na superfície da pista de pouso e decolagem.
A Tribuna publicou em maio deste ano os pedidos de reparação feitos pela Anac. A inspeção realizada pelo órgão ocorreu no dia 1º de abril, e o Relatório de Inspeção Aeroportuária (RIA), indicando as não conformidades, foi entregue no mesmo mês ao operador.
No final de 2020, o aeroporto passou a receber voos comerciais depois de 18 anos recebendo somente voos executivos e aeronaves de pequeno porte em operação que não são regulares. Mas em fevereiro, os voos diretos de Belo Horizonte para Guarapari foram suspensos, e a operadora na época alegou deficiências na infraestrutura do aeroporto.
Em nota, a prefeitura informou que a Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos (Semop), iniciou as adequações no Aeroporto Municipal, para sanar os problemas apontados.
A Anac informou que a administração terá que comprovar que as operações estão dentro dos níveis de segurança apropriados para voltar a operar ou vão ter as atividades suspensas.
ENTENDA
- Inspeção verificou problemas
> Após inspeção realizada pela ANAC no aeródromo de Guarapari em abril deste ano, foram indicadas irregularidades no local.
> Falta de barreiras de proteção, ausência de balizamento inoperante, e defeitos críticos na superfície da pista de pouso e decolagem.
- Prazo
> O órgão indicou prazo de 30 dias para o operador indicar as ações que deveriam ser feitas ou informar as datas previstas para saneamento das irregularidades apontadas, bem como a implementação de eventuais ações mitigadoras para garantia da segurança das operações no caso de as correções não terem sido imediatas.
> A Anac destacou que as barreiras de proteção são importantes para evitar a entrada de animais e pessoas não autorizadas na área operacional de um aeroporto, evitando colisões com uma aeronave em manobra pela pista caso não sejam efetivas.
> A prefeitura, responsável pela administração do aeroporto, não respondeu aos questionamentos da Anac, e o prazo terminou no dia 27 de maio. Seis meses depois, sem nenhuma resposta, a Anac decidiu suspender por um ano, as operações de pouso e decolagem no aeródromo.
> A proibição se inicia em fevereiro, e vai até fevereiro de 2024.
> A prefeitura disse que iniciou as adequações no Aeroporto Municipal, para sanar os problemas apontados.
> Já a Anac informou que a administração terá que comprovar que as operações estão dentro dos níveis de segurança apropriados, para voltar a operar.
Fonte: Prefeitura de Guarapari e Anac
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